Deus
multiplica e já multiplicou
Uma multidão ouve atenta os ensinos do
mestre. O dia passa e a noite se aproxima. Preocupados, os discípulos sugerem
despedir o povo, pois estavam com fome. Ouvem de Jesus uma ordem muito difícil:
“Daí-lhes vós de comer!”.
Mas como? Sendo uma multidão, longe
da cidade e sem dinheiro, como alimentar aquele povo? É sabido que um rapazinho
tem um lanchinho (prevenido ele!). Mas, apenas cinco pães e dois peixinhos.
Quem deu a ordem sabia a solução.
Orienta-os a mandar o povo sentar. Ora. Manda distribuir os pães. Acontece o
milagre. Todos se alimentam e ainda sobra. Ele manda recolher as sobras.
Lições: Deus multiplica o pouco que
dedicamos a ele. Ninguém precisa passar necessidades de pão ao nosso lado.
Ninguém é tão pobre que não possa oferecer (aquele menino nunca imaginava que
seria canal para abençoar tanta gente). Não desperdice o que Deus multiplica,
guarda, amanhã pode fazer falta.
Eu era um menino, não era em
Barbacena, em Cardoso Moreira. Muitas dificuldades. Deus multiplicou várias
vezes o pão. À semelhança da multiplicação dos
pães e peixes que aquele rapaz levou para seu lanche, em nossa casa, Deus
multiplicou várias vezes o alimento.
Uma vez foi assim: cheguei da
escola, almocei angu e sabia que, para o jantar, somente angu. Gosto muito de
angu, mas, naquela época, para um adolescente, era difícil saber que só angu
seria o prato. Antes de sair para vender os doces, ajudando no sustento da
casa, deixei um anzol de espera no Rio Muriaé. Era do tipo varejo, aquele que
não tem vara, só a linha com o anzol e você atira-o bem longe. Quando voltei,
fui conferir. Estava pesado. Pensei tratar-se de um galho agarrado, tão comum
descer aquele rio. Assim que se aproximou da margem, um estacão. Levei um
susto. Controlei e quando trouxe à margem, um lindo piau rosa, bem grande.
Nunca pescara um assim. Em casa, mamãe conseguiu uns tomatezinhos com a
vizinha, fez um molho e o angu tornou-se um lauto jantar.
É apenas uma experiência. Ele
multiplicou várias vezes. De várias formas. Confie n’Ele, pois pode multiplicar
ainda hoje.
Ah,
e o caso do piau não é história de pescador. É milagre!
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