Mais
de Deus, menos de mim
Isaías era um profeta palaciano. O
capítulo 6 de seu livro relata um momento triste por causa da vacância no
reinado de Israel, o rei Uzias morrera. O cenário era de tristeza e
insegurança. É nesse cenário que o profeta tem uma visão extraordinária: vê o
Senhor assentado sobre um alto e sublime trono. Era uma mensagem pedagógica: o
trono de Israel vagou, mas o trono celestial, não, estou no controle.
De todas as cenas que envolvem a
narrativa - pode ser lida dos versos 1 a 8, a que mais me chama a atenção está
no verso 5: “Então disse eu: Ai de mim! Pois estou perdido; porque sou um homem de
lábios impuros, e habito no meio de um povo de impuros lábios; os meus olhos viram
o Rei, o Senhor dos Exércitos”.
Comparando sua experiência no
capítulo 6 com a do capítulo 5 há grande diferença: no cinco, Isaías lança os
ais sobre os outros - vale a pena ler. No 6, o ai é sobre si mesmo.
A causa da mudança: ver Deus. Quem
vê Deus, consegue enxergar mais sobre si. E a única conclusão é: “Ai de mim!”.
Santidade, ao contrário do que diz o
senso comum, é ver mais a própria pobreza e menos a pobreza dos outros. Quanto
mais santidade, mais consciência de pecador. Quanto mais de Deus, menos de si.
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