quarta-feira, 3 de abril de 2013

MEGA IGREJAS…



Pr. Lécio Dornas

“Chegou a hora de ele ocupar o centro das atenções e de eu chegar para o lado.” 
(João 3.30 – A Mensagem)

Conversando informalmente com alguns líderes recentemente, um deles mencionou um encontro de pastores onde o tema a ser tratado teria a ver com a saúde do pastor. Mostrei-me intreressado e, ao perguntar como faria para participar, obtive a seguinte resposta: - Você não pode participar, pois o encontro é somente para pastores de mega igrejas. Recolhi-me à minha, evidente, insignificância.

Mas fiquei pensando sobre o que seria uma mega igreja. Recusava-me a pensar em estatísticas de número de membros etc. Pois, se fosse isso (e me pareceu que era), a coisa ia ficar muito difícil; pois o referencial é muito variável. Por exemplo, uma igreja de 20 mil membros está para uma de 200 mil membros, como uma de 500 está para uma de 5 mil membros; ou uma de 50, para uma de 500 membros. Pelo número de membros é muito difícil definir uma mega igreja.

Também pela receita financeira a coisa ficaria complicada, pois há no mundo igrejas com menos de 1000 membros, mas muito ricas e igrejas de mais de 10 mil membros e muito pobres. Qual seria a mega igreja, a de menos de 1000 ou a de mais 10 mil membros?

Depois eu fiquei pensando nos pastores que participariam do referido encontro. Se eles se inscreveram foi porque se achavam líderes de mega igrejas; se foram indicados foi porque alguém os julgou pastores de mega igrejas. Mas, em ambos os casos, qual foi ou quais foram os critérios ou os parâmetros?

Foi aí que lembrei-me de uma frase de um pastor americano, que impactou a minha vida quando a li, ainda em 1995: “O que demonstra a força de uma igreja não é a quantidade de membros ou o valor de sua receita financeira, mas a sua capacidade de enviar e sustentar missionários.”

Muitas igrejas hoje, consideradas mega, promovem grandes eventos, realizam grandes projetos, mas são extremamente tímidas quando se trata de enviar e sustentar missionários. No entanto, é exatamente quando uma igreja entende que deve enviar e assumir a responsabilidade de sustentar missionários, que demonstra a sua força e a abrangência da sua visão.

Assim, uma mega igreja seria uma congregação que amadureceu na Palavra de Deus e na oração, o suficiente para viver em função de cumprir a grande comissão, enviando e sustentando missionários em todos os cantos do mundo.

Uma mega igreja seria uma igreja com um mega coração cheio de amor pelas almas perdidas; e como uma mega disposição de existir onde está, para que, por seu intermédio, o Evangelho chegue onde ela talvêz jamais estará.

Uma mega igreja seria uma congregação que entendeu muito bem as, feitas indeléveis, palavras de Jim Elliot (1927-1956): "Aquele que dá o que não pode reter, para ganhar o que não pode perder, não é um tolo".

A propósito, será que um missionário como Jim Elliot teria assento naquele encontro que trataria da saúde do pastor? Ele nunca pastoreou uma igreja grande mas, diante dele, não somos tão diminutos?

“Chegou a hora de ele ocupar o centro das atenções e de eu chegar para o lado.” 
(João 3.30 – A Mensagem)

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