Texto
Bíblico: Salmos 1.1-3
INTRODUÇÃO
“Bem-aventurado o homem que não anda segundo
o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na
roda dos escarnecedores. Antes tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei
medita de dia e de noite. Pois será como a árvore plantada junto a ribeiros de
águas, a qual dá o seu fruto no seu tempo; as suas folhas não cairão, e tudo
quanto fizer prosperará” (Sl 1.1-3).
A
prosperidade é uma legítima aspiração, um ideal que todo crente deve desejar e
buscar até mesmo, para o progresso do Reino de Deus. Mas a prosperidade total,
dentro da visão de mordomia total, é alcançar o progresso material e,
simultaneamente, o progresso espiritual, sempre em reconhecimento à Soberania
de Deus. Ficar estagnado não é próprio do cristão. Alienação não é mordomia.
O estudo de hoje tem como finalidade
fazer-nos, refletir sobre a seguinte questão: Por que muitos crentes não
prosperam em sua vida profissional? Discutiremos esse assunto com o intuito de
que crentes e, consequentemente as igrejas, prosperem para a glória do Reino de
Deus.
Alguns dos
principais motivos de estagnação de homens e mulheres que se consideram bons
cristãos, podem ser facilmente percebidos dentro da igreja.
VISÃO
DISTORCIDA ACERCA DAS ESCRITURAS SAGRADAS
Muitos
crentes pensam que os bens materiais são coisas do maligno e que prosperar,
adquirindo bens e dinheiro, é pecaminoso. Esse fato se deve ao desconhecimento
da Bíblia e ao temor de imitar a maioria dos ímpios nos seus métodos para
alcançar a prosperidade. Como existem ímpios que prosperam com armas de
injustiça, e aplicam os frutos da sua prosperidade, geralmente, na prática do
pecado, o crente fica receoso, pensando que é impossível prosperar sem deixar a
impressão de estar contaminado, ou mesmo sem se contaminar com a perversidade e
a injustiça.
Cabe à igreja ensinar aos crentes que
a prosperidade não é pecado, desde que sejam obedecidos os princípios éticos da
Bíblia. O cristão deve entender que prosperar no seu trabalho, nos seus
negócios, na sua profissão liberal, no seu empreendimento econômico, social ou
cultural é fazer parte da prosperidade do seu país e do progresso da
humanidade. Além de tudo, a sua prosperidade serve aos desígnios do Reino de
Deus.
FALTA
DE UM PROJETO DE VIDA
A maioria
dos crentes está interessada em crescer espiritualmente, mas não demonstra
interesse em crescer no aspecto material, com a mesma consciência de
fidelidade. Isso mostra a inexistência de um projeto de vida que inclua o
progresso equilibrado, tanto na vida material quanto na vida espiritual.
Falta-lhes um propósito definido para as suas próprias vidas em relação ao
Reino de Deus. A igreja precisa prosperar. Existem muitas almas ao seu redor
para salvar, há muitos necessitados a atender, há muito que consolidar na obra
da própria igreja, e, para tudo isso, há necessidade de dinheiro.
A igreja não pode contar com recursos
externos para atingir os seus objetivos, se não for através da prosperidade dos
seus membros individualmente. A igreja precisa ensinar os crentes a planejarem
sua prosperidade para o futuro, visando supri-la de maiores recursos para o
efetivo cumprimento dos seus objetivos. Uma pesquisa com os membros da igreja
poderá revelar o entendimento dos mesmos sobre o assunto. A partir dos
resultados, a liderança poderá programar projetos que visem despertar os
crentes para a necessidade de planejar o seu crescimento em todas as dimensões
da sua vida. O Cristão não pode ficar estagnado!
FALTA
DE CONFIANÇA NAS PROMESSAS DO SENHOR
Muitos
crentes dizem crer em Deus, porém vivem como se Deus não existisse. Malaquias 3.10
não é levado em consideração, não põe a sua fé à prova. É grande o número de
crentes que não aceitam o desafio de Deus expresso em Sua Palavra. Para muitos
crentes, “Trazei todos os dízimos à casa
do tesouro..., e depois fazei prova de mim,...” é apenas para ser lido nos
cultos – isso, quando leem.
É dever da
igreja ensinar aos crentes como transformar a fé em vida. A fé não é apenas um
corpo de doutrinas para ser decorado, mas um sistema de vida para ser posto em
prática. . Quando se trata de vida espiritual, tanto quanto nos assuntos de
saúde, trabalho, família, moradia, a fé precisa mostrar a sua eficácia.
Como a
igreja pode agir? Primeiro, insistir em doutrinar os seus membros quanto ao
valor das promessas divinas. Segundo, aproveitar todas as oportunidades que os
desafios do próprio trabalho apresentam, para levar o povo a orar e a confiar
em Deus. Além disso, recordar os feitos de Deus na igreja local desde o seu
início. Recordar os feitos de Deus nas famílias da igreja. Mostrar como as
famílias prosperaram na saúde, nos estudos, nos negócios, no trabalho, na
moradia e na vida espiritual. Quantos profissionais formados! Quantos pastores
e missionários espalhados pelos campos! Quantas respostas às orações!
FALTA
DE SUFICIENTE ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL
Muitas pessoas são obrigadas a
escolher uma profissão inadequada, quer por imposição das famílias, quer por
solicitações imediatas do seu meio social. Uma profissão é inadequada, quando:
– Não corresponde às habilidades, à
capacidade ou à vocação do indivíduo;
– Não é suficiente para prover os
meios de subsistência do indivíduo e de sua família;
– Não oferece oportunidade para uma
realização pessoal, em termos de ideal social ou de criatividade pessoal;
– Não combina com a consciência
religiosa do indivíduo.
Como a igreja pode ajudar? Primeiro, a
igreja pode ajudar os adolescentes e os jovens na escolha de uma profissão adequada,
mediante testes vocacionais, orientação pastoral, estudo bíblico e oração;
segundo, oferecendo auxílio e treinamento para que as pessoas que estiverem
exercendo uma profissão inadequada possam mudar de ofício ou suplementar a
receita familiar com outra ocupação; e, terceiro, oferecendo orientação para
que cada profissional possa extrair da sua profissão o máximo rendimento
possível.
Com esse fim, a igreja pode promover
palestras ou cursos diversos sobre técnicas agrícolas, comercialização de
produtos diversos, tais como roupas, cosméticos, doces e salgados e orientações
sobre leis trabalhistas. Se os crentes prosperarem em sua vida profissional, sem
a ajuda da igreja, será muito mais difícil para eles, entenderem que a sua
prosperidade tem qualquer coisa a ver com a igreja, nos seus resultados. O fato
é que os crentes que prosperam em sua vida profissional sem a ajuda da igreja,
geralmente, esfriam na fé e acabam caindo em desânimo.
FALTA
DE DISPOSIÇÃO PARA O TRABALHO
Por trás
de toda a prosperidade real, sempre há trabalho. Alguns irmãos da igreja em
Tessalônica parecem ter interpretado mal as palavras do apóstolo Paulo em sua
primeira epístola. Tudo leva a crer que o pensamento deles era o seguinte: “Se
Jesus vai voltar logo, por que trabalhar?” Então, começaram a andar de casa em
casa, comendo e bebendo à custa dos outros irmãos.
Geralmente, as pessoas que não gostam
de trabalhar, gostam de viver bem: conforto, boas comidas, aparência de luxo, o
que as leva ao jogo de azar, à delinquência, frustração ou neurose. Para esses
tais, Paulo diz: “Ordenamos e exortamos por nosso Senhor Jesus Cristo que,
trabalhando sossegadamente, comam o seu próprio pão” (2Ts 3.12). Essas pessoas
precisam ser ajudadas, e ninguém pode ajudá-las melhor do que as nossas
igrejas, a descobrir uma nova motivação para o trabalho e para a vida,
compreendendo que trabalho é uma arma que o cristão deve utilizar para
testemunhar de sua fé, e não apenas como um meio de prover a sua subsistência.
CONCLUSÃO
O mordomo
cristão tem todas as condições para prosperar em sua profissão, no seu
investimento, na sua empresa, porque: Em primeiro lugar, ele tem a fé nas
promessas de Deus, que age em seu favor, abrindo a sua mente para aprender e
progredir no seu ofício, movendo os acontecimentos para abrir portas de
oportunidades diante dele, dando-lhe saúde e paz para trabalhar. Segundo,
porque não tem vícios morais que contaminem sua saúde física, nem que lhe
roubem a tranquilidade de consciência ou que signifiquem uma sociedade com o
inferno, que sempre cobra a sua parte com altos juros. Em terceiro lugar, ele
tem um motivo acima de si mesmo, acima de suas possíveis falhas, limitações e
fracassos; ele tem um alvo a perseguir: a glória de Deus. Além dessas três
razões, ele tem a ajuda de uma família bem estruturada sobre bases morais
sólidas e confiáveis, onde a suspeita não lhe rouba o sono, os conflitos não
perturbam a sua paz para trabalhar; e uma igreja que o ajuda com seu amor, com
suas orações e com o seu companheirismo.
PARA REFLETIR:
Se
um crente pode prosperar na vida material, sem prejuízo da sua consciência, nem
da sua família, nem da sua fé, e não o faz, ele simplesmente está sendo infiel em
sua mordomia.
Leitura
diária:
Segunda – Isaías 3.1-10
Terça – Jeremias 17.7-10
Quarta – 2Tessalonicenses 3.6-14
Quinta – 1Coríntios 5.2-13
Sexta – 1Tessalonicenses 2.1-12
Sábado – 2Coríntios 3.1-5
Domingo – Gênesis 39.1-5;20-23
Fonte: Revista Palavra e Vida da Convenção Batista Fluminense
Autor da Lição: Pr. Nathanael Pedroza Corsino
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