Paradoxalmente, as mais desejadas
conquistas na vida familiar estão na simplicidade da vida.
Engana-se quem pensa que os maiores
valores estão nas pomposas compras que se faz, nos grandes feitos realizados e
nas grandes vitórias alcançadas.
A poesia “Gente humilde”, originalmente
escrita por Aníbal Augusto Sardinha, o Garoto, e depois imortalizada por Vinícius
de Moraes com pequena contribuição de Chico Buarque, é um retrato do que vale a
pena.
Tem certos dias em que eu penso em minha gente.
E sinto assim todo o meu peito se apertar.
Porque parece que acontece de repente.
Como um desejo de eu viver sem me notar.
Igual a como quando eu passo no subúrbio.
Eu muito bem, vindo de trem de algum lugar.
E aí me dá como uma inveja dessa gente.
Que vai em frente sem nem ter com quem contar.
São casas simples com cadeiras na calçada.
E na fachada escrito em cima que é um lar.
Pela varanda, flores tristes e baldias.
Como a alegria que não tem onde encostar.
E aí me dá uma tristeza no meu peito.
Feito um despeito de eu não ter como lutar.
E eu que não creio, peço a Deus por minha gente.
É
gente humilde, que vontade de chorar.
Como ensina Provérbios 22.4, “A
recompensa da humildade e do temor do Senhor são a riqueza, a honra e a vida”.
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