Quem disse que crente não deve fazer política? Tirado das águas da miséria, Moisés fora levado ao palácio do Egito pela própria rainha. Recebeu a melhor educação da época e se revelou estadista de primeira. Moisés é exemplo de que alguém pode fazer política sem resvalar para a politicalha. Fez escola, inspirando Josué, Samuel, Davi, Neemias...
Moisés era “ficha limpa”.
Na pirâmide do poder persa, Daniel aproximava-se do topo. Mas não aceitava suborno, rejeitava conchavo, fiel ao povo, ao rei e a Deus. Seu gabinete devia ser arejado, transparente, limpo (Dn 6.10). Todo dia, ajoelhava-se perante o Senhor, pedindo soluções para as pendências de sua pasta.
Daniel era “ficha limpa”.
Ester, “moça esbelta e formosa” (Et 2.7), era bela não só por fora; bela na alma também. Mesmo íntima do poder, ela não se deixava prender pelo polvo da corrupção que a cercava (Et 1.8-15). O palácio não a impediu de continuar servindo a Deus (Et 4.15,16). Sua coragem (8.3-6) a credencia como heroína do seu povo.
Ester era “ficha limpa”.
No Novo Testamento, temos alguém a quem a tradição chama Índicus. Etíope, ministro da economia, ele voltou para casa um novo homem (At 8.39). Seus assessores devam ter cochichado entre si: “O que aconteceu com o ministro? Está diferente”.
Em política, como tudo o mais na vida, é preciso evitar o pecado das generalizações. Se um, dois, dez ou cem políticos não prestam, não quer dizer que todos não prestam. Como na fé, é preciso separar o trigo do joio, mistura encontrada, aliás, em todos os campos da existência.
Na democracia, mesmo os políticos desonestos foram eleitos pelo povo. Ou seja, o desonesto foi escolhido e, portanto, a culpa é também de quem o escolheu. Portanto, o segredo é escolher bem, antes. Para não chorar depois.
Que o Senhor ilumine você a escolher bem os seus candidatos!
Pr. João Soares da Fonseca
Pastor da Primeira Igreja Batista do Rio de Janeiro
Nenhum comentário:
Postar um comentário