quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

FILHO DE PEIXE NÃO PODE SER PEIXINHO

-- Onde foi que eu errei?
Eis um bordão que percorre as páginas dos programas humorísticos, quando um pai vê um filho seguindo um caminho que não gostaria.
Fora das telas, a pergunta é lamentada nos quartos e nos corredores das famílias.
Se, de um lado, a frase registra o valor da formação oferecida e vivida pelos pais, ela contém um equívoco e impõe um peso.
O equívoco é ignorar a liberdade humana. Os filhos não são reproduções dos seus pais. Os filhos ouvem e vêem seus pais. Os filhos ouvem e vêem seus amigos. Os filhos lêem. Os filmes assistem a filmes. Os filhos tomam decisões, algumas até contra os seus princípios.
O peso é a culpa que os pais cultivam quando as coisas saem diferentes do desejado. Ora, os pais precisam se lembrar que seus pais são livres. Se fizeram o melhor que (mas o melhor mesmo) souberam e puderam, não precisam se responsabilizar.
Quando se trata do ser humano, não podemos simplificar.

Desejo-lhe um BOM DIA.
Israel Belo de Azevedo

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