quinta-feira, 10 de março de 2016

Homoafetividade - Batistas da CBB preparam parecer

Pr. Dr. Vanderlei Batista Marins
Presidente da Convenção Batista Brasileira

Após a bomba que foi lançada no cenário evangélico com a decisão da Igreja Batista do Pinheiro, em Maceió, em admitir no seu rol pessoas com práticas homossexuais, sem que sejam confrontadas para mudança, a diretoria da Convenção Batista Brasileira e da Ordem dos Pastores Batistas do Brasil, preparam um parecer e discutem orientações para os filiados - Pastores e Igrejas - em seus grêmios.
O assunto toma a mídia, com a Igreja publicando oficialmente nas redes sociais, num momento em que se aproxima mais uma assembleia anual dos Batistas Brasileiros, incluindo a assembleia anual da Ordem dos Pastores Batistas do Brasil, que acontecerá na cidade de Santos, SP.

Pr. Éber Silva 
Presidente da Ordem dos Pastores Batistas do Brasil

Todos estão conscientes dos desdobramentos que tal decisão trará no clima das assembleias, considerando que alguns líderes já manifestaram publicamente que esperam ações claras e corajosas das entidades, sob pena de comunicar o afastamento do rol cooperativo das instituições.

Em conversas informais, enquanto aguardam encaminhamento oficial, os dois maiores líderes dos batistas organizados em torno da Convenção Batista Brasileira pedem equilíbrio, oração e bom senso de todos, já que o assunto surpreende todos.

Autonomia das Igrejas:
O que tem no momento surgido como ponto de discussão é a AUTONOMIA DAS IGREJAS e até que ponto tal princípio autoriza a Igreja a tomar as decisões que desejar.
Nos documentos batistas encontramos o seguinte capítulo:

Seu governo
O princípio governante para uma igreja local é a soberania de Jesus Cristo. A autonomia da igreja tem como fundamento o fato de que Cristo está sempre presente e é a cabeça da congregação do seu povo. A igreja, portanto, não pode sujeitar-se à autoridade de qualquer outra entidade religiosa. Sua autonomia, então, é válida somente quando exercida sob o domínio de Cristo.
A democracia, o governo pela congregação, é forma certa somente à medida que, orientada pelo Espírito Santo, providencia e exige a participação consciente de cada um dos membros nas deliberações do trabalho da igreja. Nem a maioria, nem a minoria, tampouco a unanimidade, reflete necessariamente a vontade divina.
Uma igreja é um corpo autônomo, sujeito unicamente a Cristo, sua cabeça. Seu governo democrático, no sentido próprio, reflete a igualdade e responsabilidade de todos os crentes, sob a autoridade de Cristo.

22 comentários:

  1. Acho que vale pensar nas pessoas homoafetivas que aceitem viver sublimando a prática homossexual, tal como um dependente químico. Infelizmente os Bacharéis não estão capacitados a lidar com tais situações.

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    1. Amado,seria interessante se vc se manifestasse não como "anônimo",pois tece um julgamento um tanto temerário...

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  2. Chegamos a um ponto onde as Convenções e Associações , tem receio de se posicionar junto a bíblia e preferem se omitir. Vergonhoso! Hoje o pecado é relativo e a bíblia machista. Tudo por causa de egos de algum rol de pastores. Deus precisa levantar verdadeiros pastores, pq vivemos em crise em nossa doutrina, faltam homens e mulheres de Deus para se levantar nesse novo seculo.

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  3. Não sou a favor desta decisão desta igreja e desse pastor..A homoxessualidade é pecado..

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  4. O que Deus entregou às paixões infames conforme Romanos 2: 26-32, esta igreja acolheu.

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  5. A igreja precisa aprender a lidar com este assunto...realmente é muito delicado mas não dá mais pra fugir
    Só acho!



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  6. Toda vez que surge situações discordantes, se fala em repensar a autonomia da igreja. Interferir com a intenção de mudar tal decisão, por exemplo, não muda o coração daqueles que chegaram a tal. Precisamos entender que estas e outras decisões surgirão. Estão previstas nas escrituras. Construir uma oligarquia ou episcopado não é a solução. Respeitemos a liberdade de consciência e a autonomia. Contudo, tenhamos coragem de nos posicionarmos e desligarmos aqueles que fazem escolhas divergentes.
    O que nos falta (e temos abandonado) é uma melhor formação teológica de nossos líderes, uma seriedade maior no envio de pessoas aos seminários e maior rigor nos exames e ordenação de candidatos ao ministério.

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  7. Toda vez que surge situações discordantes, se fala em repensar a autonomia da igreja. Interferir com a intenção de mudar tal decisão, por exemplo, não muda o coração daqueles que chegaram a tal. Precisamos entender que estas e outras decisões surgirão. Estão previstas nas escrituras. Construir uma oligarquia ou episcopado não é a solução. Respeitemos a liberdade de consciência e a autonomia. Contudo, tenhamos coragem de nos posicionarmos e desligarmos aqueles que fazem escolhas divergentes.
    O que nos falta (e temos abandonado) é uma melhor formação teológica de nossos líderes, uma seriedade maior no envio de pessoas aos seminários e maior rigor nos exames e ordenação de candidatos ao ministério.

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  8. Quando li sobre o assunto, alguns pontos se destacaram.
    Faltam muitos elementos para saber exatamente qual a situação da pessoa que foi admitida como membro.
    Seria um(a) filho(a) de alguma família da igreja? Por acaso nascido e criado ali?
    Esse é um ponto. Não conclusivo e nem tampouco determinante para tão grave decisão, mas algo a ser apurado.
    Mas independente disso, a Bíblia, nossa regra de fé e ordem, não deixa margem para dúvidas.
    Inserir na igreja pessoas com práticas homossexuais - que foi a expressão usada - não pode ser aceito.
    Eu tenho plena convicção de que a igreja precisa marcar posição de forma corajosa, fiel à Palavra, sem medo de questionamentos de uma sociedade relativista e que vem tentando moldar o Evangelho à sua maneira.

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  9. Sou membro da Igreja Batista do Pinheiro há 30 anos e durante esse tempo presenciei alguns momentos importantes, inclusive o período em que o nosso Pr. Wellington Santos presidiu a Convenção Batista Alagoana, governo esse cheio de desgastes por uma luta pela moralidade da mesma, sofrendo ameaças de várias formas e eu nunca vi nenhum Pastor ou entidade Batista, Alagoana ou Nacional se utilizar de espaços como este para defendê-lo por sua honrada coragem de querer ver que a justiça do Reino de Deus seja implantada aqui. Nesse período tanto ele quanto a sua família, Prª Odja Barros, Andréa Lais e Alana Barros sofreram perseguições e ameaças.
    A história se repete e novamente a IBP é questionada e chacoalhada por sua escolha em continuar vivenciando o evangelho.
    Neste momento a única diferença entre a IBP e as demais Igrejas, é que nós nesses 46 anos de formação preferimos conhecer e seguir os passos de Jesus de Nazaré. Os nossos líderes não nos ensinou a focar a pessoa homossexual, a mulher, a criança, o homem, o rico e o pobre, mas nos ensinaram a compreender como Jesus se relaciona com as pessoas e é nesse relacionar que o Cristo coloca todos e todas no mesmo pé de igualdade.
    Incluir em nosso rol de membros pessoas homossexuais não é mérito, é dever, visto que o Reino de Deus, a Morte e Ressurreição de Cristo é para todo aquele que nele crê. O fato é que, ao contrário de que muitos dizem, nós da IBP não estamos rasgando a Bíblia, mas o que nós não temos mais é a coragem de mentir para as pessoas, dizendo que elas não merecem o Reino dos Céus, quando o próprio Cristo diz que elas merecem.
    O que esperamos é respeito acima de tudo ao evangelho e aos princípios Batista, os quais me fizeram admirar essa denominação. Nossa postura não é de agressão nem desrepeito a ninguém mas de partilha do evangelho com toda a criação. Se temos que escolher entre a denominação e as pessoas, fiquemos com as pessoas.
    Que o Espírito de Deus que habita em mim e em vocês e age livremente e como quer, nos conduza a relações de paz. Amém.

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    1. Este comentário foi removido pelo autor.

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    2. Cara Genilva,

      Não transformarei este espaço em um debate e não usarei de tréplica. Até porque, não acredito que este seja o espaço para tal. Porém, assim farei, principalmente pelo respeito à sua liberdade de ter sua opinião. Comento que erros e acertos do passado não desfazem ou justificam qualquer coisa no presente. Entendemos que toda pessoa deve ser amada, sim. Entendemos que toda pessoa deve ser respeitada, sim. Entendemos que nem todas as pessoas podem ser membro de uma igreja. Nem por isso devem ser odiadas. O fato de não aceitar alguém como membro não significa que o odiemos. Opiniões, crenças, práticas não tem que ser razão para ódio. Aliás, talvez nada! Mas, em geral, associações de pessoas, dentro da perspectiva secular, reúnem pessoas por afinidade e não recebem, no grêmio, as não afins.
      Entretanto, gostaria de saber se há distinção, no entendimento de vocês e no que foi votado, entre a prática da homoafetividade e o desejo.
      Quanto as bases da argumentação não podem ser meramente filosóficas, baseando-se em um entendimento de amor desprovido do conceito bíblico. Uma outra coisa é que gostaria de conhecer os argumentos bíblicos que sustentam a adoção do posicionamento da igreja. Também gostaria de conhecer os argumentos bíblicos para reinterpretação dos textos já tradicionalmente conhecidos? Não se faz necessário se valer, apenas, da expansão do conceito de amor de forma a fazê-lo significar o acolhimento de tudo e de todos, sem que a voz de Cristo pronuncie a frase: Vá e não peques mais. Todo discurso filosófico baseando-se em interpretações diversas do amor, sem levar em consideração as milhares admoestações bíblicas de abandono do pecado e uma profunda análise de textos claramente referentes à homoafetividade, são apenas falações belas, mas vazias de amaparo escriturístico.

      Desejo, sinceramente, conhecer estas fundamentações.

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    3. "Se temos que escolher entre a denominação e as pessoas, fiquemos com as pessoas" já sabemos o que vocês escolheram !!! porem antes de saírem,decidiram criar uma pedra de tropeço a vcs msms...típico do inferno.

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    4. Graça e paz, sou Batista e estudante de Teologia e como o nosso irmão J Araújo gostaria de saber a base bíblica teológica para vocês chegarem a esse decisão, até o momento não conheço, que a Paz de Deus seja com todos...

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    5. Graça e paz, sou Batista e estudante de Teologia e como o nosso irmão J Araújo gostaria de saber a base bíblica teológica para vocês chegarem a esse decisão, até o momento não conheço, que a Paz de Deus seja com todos...

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  10. Deus já nos ensinou a lidar com o assunto chamado pecado. Temos no pecado tudo aquilo que contraria o próprio Deus A prática homossexual é pecaminosa e Jesus nunca pecou e nem promoveu a prática do pecado. Amar o próximo não é aceitar sua prática pecaminosa mas dizer para ele que há um caminho mais excelente: Cristo. Troque o pecado por Cristo.

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  11. O problema é que o batista brasileiro confunde organismo com organização. A Igreja de Cristo é um ORGANISMO e por isto quem manda é o Cabeça: Cristo. Mas nós batistas a transformamos em uma organização, com estatuto copiado de democracia política. Dá no que dá! Já que temos que seguir o que tá escrito no estatuto e não na Bíblia, no que diz respeito à organização (CNPJ, Pessoa jurídica), então não há o que fazer. Ou se separa ORGANISMO de Organização, ou se terá de conviver com homossexuais, pastoras e, daqui a pouco, pedófilos, zoofilos, necrófilos, satanofilos, etc.

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  12. Não sei ao certo qual a precedência da "Igreja Batista do Pinheiro, em Maceió, em admitir no seu rol pessoas com práticas homossexuais, sem que sejam confrontadas para mudança".

    Quero frisar que a Bíblia fala que a homossexualidade é pecado tanto quanto como matar é pecado, e mentir é pecado, inveja entre outras coisas..

    Creio que a igreja nunca deverá considerar nenhum pecado como algo normal, e nunca deixar de confrontar o pecado..

    a discussão deve ser bem esclarecida, oque está em jogo? aceitar a prática da homossexualidade como "normal" e não como pecado? ou aceitar no rol de membros pessoas que a igreja sabe que são Homossexuais, e mantém a prática??

    ora irmão não sejamos hipócritas, aquele que diz não ter pecado é mentiroso.. eu sei que alguns vão dizer que deslizam, mas não continuam na pratica do pecado.. Okay

    Pare pra pensar quantas vezes no dia vc não peca contar Deus e seu irmão ?? isso é oque ? é pratica!!

    eu sei que o cristão, não se sentirá bem, ele sempre estará arrependido, pois é o Espirito santo sempre vai incomoda-lo..

    A grande questão é: existes muitos falsos no roll dos membros da igrejas, existem muitos que não são nem cristãos.. é um tema muito delicado, e precisa de muito bom senso.. não neguemos que pessoas, seja homossexuais, seja zoofilos, seja, necrofilos, seja qualquer tipo de pecador ela seja, não neguemos que ela ouça a mensagem do evangelho, é ela que nos liberta do pecado e nos ilumina, nos direciona para cristo, é impossível que alguém que o Conheça de verdade continue com a mesma vida que antes.. se os irmão não creem nisso, em que evangelho creem??

    estamos aqui porque acreditamos no poder do evangelho de transformar vidas!! amem ?

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  13. Graça e paz!
    Pra mim a maior questão é que como crentes e seguidores de Senhor Jesus devemos nos abster do pecado. Seja ele qual for!
    E dessa forma, independente de qual seja o pecado, se a Igreja é sabedora do ato ilícito deve agir como as Escrituras ensinam buscando, não contornar a situação e sim resolve-la da melhor forma que é a conscientização do erro e sua correção em submissão ao Espírito Santo, mortificando seu eu para que Cristo cresça em sí. Todos temos fraquezas e devemos lutar contra nossa carne e nunca nos conformarmos com o pecado.
    Mas se em desconformidade às Escrituras o membro e sua Igreja não querem cumprir o que Deus deixou de regras para seguirmos, esses abriram mão de seu compromisso com o Eterno. E neste caso, infelizmente, se não houver uma confissão pública de pecado e arrependimento só resta a exclusão.
    Não é questão de maldade da organização religiosa. É zelo com o Sagrado, com o Santo. Pois se com pecados encobertos o povo de Deus já pereceu quanto mais seria com uma ferida exposta.
    Que Deus quebrante os corações, acalme os ânimos, derrube todo orgulho e que sejamos exemplo pra Nação de uma Igreja que escolhe Deus aos pecados e ao mundo é a minha oração.

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