O
irmão mais velho da parábola, o que ficou em casa, é o tipo certinho. Cumpre os
deveres estabelecidos pela cultura e torna-se exemplo para os demais.
No entanto, seu
verdadeiro caráter só se revela quando vê graça sendo derramada sobre os
outros. Ao receber a notícia que a festa surpresa era motivada pela volta do
irmão, fecha-se em si, no seu orgulho, na sua presunção, no seu egoísmo e
decide não entrar para participar da comemoração.
É injusto com
o pai, que vai ao seu encontro para demovê-lo da decisão, mente ao informar que
nada recebera em toda a vida - a herança fora repartida com ele também, e
vomita sua hipócrita santidade, afirmando nunca ter transgredido um mandamento
do pai.
O pai, o mesmo
pai amoroso com o filho que saiu de casa e voltou, expressa também seu amor a
ele: “Tu sempre estás comigo e tudo o que é meu, é teu”.
Como foi o final do irmão mais velho? Ninguém sabe. A
parábola é encerrada com ele do lado de fora da festa. Quem não se dispõe a
cair em si, além de ficar fora da festa, tem um final que só Deus sabe.
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