Assumir a rejeição do mecanismo chamado
projeção e experimentar nova orientação para a vida podem parecer romântico
demais para quem se afundou no lamaçal da desobediência. Então, eis a terceira
sinalização: “Pagar o preço”. E preço alto.
O preço pago
para o retorno à casa do pai foi muito grande. Imagine-o tendo que voltar e,
diante do pai, assumir: “Pai, eu pequei contra ti”. Como encarar o irmão mais
velho que continuava firme no seu lugar de filho? E os amigos que o viram sair
pomposo, rico, e, agora, volta humilhado e pobre, sujo e rasgado? E ele se
dispõe a isso. Entre o desejo apresentado longe de casa e a chegada ao lar nada
mudou, ele, literalmente, verbaliza para o pai o conteúdo imaginado.
Alguns
experimentam a dor da desobediência, até rejeitam a projeção e experimentam
reorientação para a vida, mas não assumem pagar o preço. O arrependimento não
anula as consequências da desobediência. É possível que elas permaneçam por
muito tempo, ainda que perdoado pelo pai.
Cair em si é estar disposto a pagar o preço da volta, do arrependimento.
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