Ao cair em si e voltar para casa, o filho
arrependido conhece verdadeiramente o caráter do pai. Sua decisão era para se
tornar um trabalhador comum da casa. O pai o coroa com as prerrogativas de
filho: o protege com vestido novo, o eleva com sandálias nos pés e o dignifica
com anel no dedo.
Vestido
novo é símbolo da proteção e da aparência, distinguindo-o dos pobres e escravos
que usavam roupa velha.
Sandálias
nos pés simboliza sua filiação, os escravos andavam descalço, ele era filho. O
anel no dedo é símbolo de autoridade, os monarcas usavam anel para oficializar
documentos.
O
caráter do Pai não muda por causa da desobediência do filho. A teologia que
apresenta o Pai como um ser vingador não me é muito bem-vinda. Ele tem sempre
as mãos estendidas. Ao sofrer e morrer na cruz, seus braços estavam abertos,
simbolizando que deseja abraçar a todos.
O
filho é surpreendido com a misericórdia e graça do pai. Ele não merecia, mas o
pai oferece gratuitamente.
Ao cair em si, arrependendo-se do erro, reorientando-se com o pai e pagando o preço, o filho experimentou o amor do pai que nunca percebera.
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