Antonio Não Desistiu
Havia em Cremona, Itália, um rapaz chamado Antonio (1644-1737). Cremona era famosa pela musicalidade de seus habitantes. Uns tocavam instrumentos, outros cantavam. Mas Antonio não tocava nem cantava. Quis cantar no coro infantil da cidade, mas sua voz era ruim. Desistiu do canto, e começou a estudar violino. Aí os vizinhos, perturbados com o lixo sonoro que produzia, fizeram-no desistir.
Antonio, porém, tinha uma vontade de ferro. Achava que no mundo da música havia um lugar reservado só para ele. Os amigos riam e diziam que ele tinha mais vocação para marceneiro que para músico.
Em Cremona morava também Nicolò Amati, fabricante de violinos. Antonio pediu a Amati que lhe ensinasse essa arte. Amati concordou, e Antonio trabalhou com ele por muitos anos. A paixão de Antonio pela música foi canalizada para o artesanato de violinos, violas, violoncelos e dois violões. Sua meta era sempre fazer com que o último violino fosse melhor que o penúltimo.
Quem hoje não ouviu falar dos famosos violinos Stradivarius, que resistem ao teste do tempo? Apesar de todas as descobertas da ciência sobre o verniz e a madeira, os violinos de Stradivarius continuam tecnicamente insuperáveis. Por isso são os mais procurados, apesar do preço altíssimo.
Em 93 anos de vida, Antonio fez, ajudado por Francesco e Omobono, seus filhos, mais de 1500 violinos, cada um dos quais levando o seu nome completo: Antonio Stradivarius. Hoje ainda podem ser encontrados 650 violinos, 20 violoncelos e 12 violas identificados como autênticos Stradivarius. Antonio Stradivarius não sabia cantar, nem tocar, mas fez o que sabia. E agora, 300 anos, seus violinos ainda produzem música belíssima.
Você sabe cantar? Tocar? Ensinar? Fabricar algo? Pois saiba que mais importante que o talento que temos é a forma como o utilizamos. Esta página homenageia hoje a todos os que contribuem para que a música de nossa igreja seja cada vez melhor. Deus os abençoe!
Pr. João Soares da Fonseca
Nenhum comentário:
Postar um comentário