quinta-feira, 29 de outubro de 2020

Café com Cristo - Pai Amoroso

O filho mais novo não quer esperar o tempo próprio e suplica-lhe a herança. Em outras palavras, dizia: “Já que não morre, reparta a herança, dê-me a minha parte e vou cuidar de minha vida!”.

Dor para o pai. Dor para a mãe. Dor para o irmão mais velho. Dor para os amigos mais próximos.

Uma terra distante é seu destino. Novas amizades. Novas práticas.

Inexperiente, não sabe administrar os recursos. Adquirido com facilidade, perde-se sem dificuldade. Sem posses, os amigos se vão. Oportunidade de recuperação é traumática, cuidar de porcos, imundície para ele. Tenta se reerguer, mas, fragilizado, cada vez mais o fundo do poço é seu destino.

Cai em si. Pequei contra Deus e contra meu pai. Voltarei! Levanta-se. Na casa do pai, os trabalhadores são tratados com dignidade. Não tendo mais direito de filho, posso ser um deles. Abrirei meu coração. Volta.

De longe, o pai o vê. Está atento. O pai vê primeiro. O pai corre primeiro. O pai abraça primeiro. O pai beija primeiro.

Confissão pronunciada. Sentença anunciada com rapidez: “Tragam a melhor roupa para vestir, coloquem um anel na mão, e alparcas nos pés, tragam o bezerro cevado, matem, comamos e alegremo-nos”.


O filho é insensato, mas o Pai é amoroso. O filho é ingrato. O pai, gracioso.

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