Em apuros, o valente e guerreiro rei Saul fazia uso de sua lança. Com maestria invejável, amedrontava inimigos e dava segurança ao seu povo. O problema é que usava a lança quando deveria guardá-la.
O jovem Davi tinha uma funda. E com sensibilidade compunha poemas e tocava também uma harpa, dedilhando-a magistral e divinalmente.
Um dia, seus caminhos se cruzam. E tudo começa com uma funda, preferida no lugar de pesadas armaduras. Um gigante no confronto do campo é destruído e o povo celebra. Mas havia outro gigante com vestes reais. A inveja o atormenta, sua lança é atirada contra o sensível músico que, lépido, se desvencilha.
A harpa é mais poderosa que a lança. Saul se agiganta novamente e quer matar Davi, mas havia um plano. E ele está se desenrolando para a aposentadoria da lança e o reinado da harpa.
O gigante do campo foi tombado com a funda. O gigante real é acalmado com a harpa.
Na vida, escolhe-se usar a lança ou a harpa. Em alguns momentos, pode-se usar a lança. Noutros, não se deve usá-la, mas, sim, a harpa.
A lança assusta, a harpa, acalma.
A lança mata. A harpa, faz nascer.
Na vida, você escolhe ser Saul ou Davi. Nunca os dois. Seja Davi, use a harpa e sepulte a lança.
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