1 - Na última terça-feira, numa missa transmitida pela rede de TV católica Canção Nova, o padre José Augusto foi bem enfático: “Os rumos da nação brasileira poderão mudar para o lado pior se neste segundo turno o PT ganhar. Estou falando claro. Podem me matar, podem me prender, podem me processar, mas não me calarei diante de um partido que está apoiando o aborto que a Igreja não aprova”. E acrescentou: “Não votei e não votarei, sou a favor da vida. A nação brasileira não pode se tornar uma nação marxista, terrorista. Quem compactuar com pessoas que aderem ao aborto tem que ser excomungado”.
Num de seus argumentos, enfatizou: “Se os evangélicos estão se pronunciando, por que vamos nos calar? Não podemos ser católicos mornos... Não sei o que me pode acontecer, de repente nem realizo mais missa, mas meu compromisso é o Senhor da Igreja”.
Foi aplaudido. A coisa tá esquentando!
Se quiser, é só ver o vídeo no youtube.

2 - Queiram ou não, o fato é que o Brasil não será mais o mesmo depois destas eleições. Tudo indica que a decisão em segundo turno foi mobilização da comunidade cristã, notadamente a evangélica, que espalhou em redes de comunicação preocupação com o PNDH3. E agora, sai a notícia que o PT pretende tirar a questão do aborto que tanto defendia.
Contrariando o que disse Francis Bacon (Triste não é mudar de ideia. Triste é não ter ideia para mudar), parodiamos: “Triste é mudar de ideia quando sua defesa lhe trouxe prejuízo”.

3 - Uma sinalização que precisa ser analisada pelos políticos atuais é que não basta apenas poder econômico para ser bem votado. Muitos na política nacional, com muito dinheiro e poder, ficaram de fora. Tudo indica que para a próxima eleição a reação será maior ainda. Sem contar no grande poder da mídia eletrônica. Hoje, qualquer menino ou menina, visitando uma “lan house”, emite opinião e o mundo todo pode saber.