A 9 de março de 1901, um sábado, chegou a Porto Alegre o missionário norte-americano, Karl Roth, enviado pela Sociedade Batista Missionária Alemã, da cidade de Filadelfia (EUA), para trabalhar com os alemães do Sul do Brasil. Nessa época, havia aí apenas duas igrejas alemãs: Porto Alegre e Linha Formosa. Mas havia potencial para muito mais, dada a alta concentração de alemães naquela região. "Homem culto, equilibrado, prático e de larga visão missionária" (cf. Daltro Keidann), Roth sabia que pouco realizaria sozinho. Então, em 1903, abriu um seminário em Porto Alegre. Mas o seminário durou pouco tempo; só enquanto esteve no Brasil, pois em 1908 Roth retornou para o seu País. Do ponto de vista humano, seu ministério não logrou muito êxito. Será que não?
No Seminário de Roth estudaram apenas 8 seminaristas, a maioria dos quais era leta: Alexandre Klavin (que, aliás, já era pastor desde a Letônia), João Nettenberg, Frederico Leimann, Guilherme Leimann, Pedro Sahlits, Ricardo J. Inke, Ricardo Pitrowsky e Paulo Malaquias da Mancha. O que aconteceu com eles?
Klavin foi pastor da igreja leta de Rio Novo (SC) e Ijuí (RS). Nettenberg foi pastor itinerante no Estado (RS). Os irmãos Leimann foram uma bênção no RS e (Carlos) no Espírito Santo. Sahlits foi para os EUA. Paulo Mancha pastoreou no Noroeste do RS, tornando-se depois pastor da Assembleia de Deus. Ricardo J. Inke, que podia pregar em seis idiomas, foi missionário aos russos nos EUA. E Ricardo Pitrowsky? Além de vários hinos que integram o Cantor Cristão e o HCC, foi, por 38 anos pastor da Segunda Igreja Batista do Rio, em Engenho de Dentro. Ou seja, os frutos do seminário de Roth nós os colhemos até hoje. Inclusive em nossa igreja, pois que temos entre nós filhas, netos e bisnetos de Klavin e Pitrowsky.
Em resumo: a bênção de um ministério não se mede pelo número de anos nem pela quantidade de frutos imediatos.
Pr. João Soares da Fonseca
Fonte: http://pibrj.org.br/
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