Pr. Sebastião Peixoto da Silva*
Saudades de conversar
Com o meu pai... no terreiro.
Dos biscoitos
Que mamãe fritava.
Das brigas com minhas irmãs,
Da mentira...
Da camaradagem com meu irmão,
Nunca brigamos.
De fazer casinhas,
Eu era “carpinteiro”.
Do cavalo Paraná,
Que montava.
Dos bois Relógio e Cupido,
Que puxavam o carro.
Do boi Florão que me deu uma chifrada,
Rasgou minha túnica.
Do engenho de moer cana,
Cantando de madrugada.
Dos banhos na bica de bambu,
Com muita água.
Dos canários soltos,
Cantando nas goiabeiras.
Saudades do sítio de São Luiz,
Onde passei a minha infância.
Saudade... Saudade...
Não tem idade.
Rio de Janeiro, maio de 1981
*Pastor emérito da Igreja Batista da Prata em Nova Iguaçu, Rio de Janeiro.
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