segunda-feira, 13 de junho de 2011

A Inútil Busca da Felicidade

Por Robert D. Foster 
Durante o Congresso Nacional do Povo anual, o primeiro ministro da China determinou a seus oficiais que concentrassem esforços para “fazer o povo feliz”. Feliz se tornou a palavra da moda, lema para os burocratas daquela imensa e poderosa nação, desbancando outra favorita: harmonia.  
 
Feliz, feliz, feliz. Aparentemente esta é a única palavra que conta no momento num país com mais de 1,3 bilhão de pessoas que supostamente têm “um olhar experimentado para a falsidade das campanhas
de propaganda”. Mas fico imaginando: E a alimentação? Ou habitação, água tratada e educação?  
 
Anos atrás li a seguinte afirmação numa revista britânica popular: “Felicidade é a única qualidade da vida que jamais pode ser encontrada através da busca. Se procuramos conhecimento podemos nos aplicar aos estudos; se procuramos poder é possível, por meio de variadas maneiras, possuir tão cobiçado domínio.  A maior parte das coisas na vida podem ser encontradas se as buscarmos com suficiente persistência e determinação”. Como ressaltou o autor do artigo da revista, entretanto, isso não acontece com felicidade. Ela não pode ser adquirida ou possuída através de busca incansável.  
 
Em minhas mais de nove décadas de experiência de vida, tendo a oportunidade de interagir com gente de muitas partes do mundo, tenho observado que aqueles que estão tentando ser felizes são, na maior parte, deprimidas e insatisfeitas. Felicidade, como a própria palavra sugere, depende em última análise de acontecimentos – coisas que acontecem – e que muitas vezes estão além do nosso controle (NT: O autor faz um jogo com as palavras inglesas Happiness [felicidade] e Happenings [acontecimentos], inviável em português).    
 
Não somente na China, mas em todas as partes do globo encontramos homens, mulheres e crianças numa perpétua busca pela felicidade, o que significa que seu estado mental está condicionado a responder ao que lhes acontece. Isso é verdadeiro em todos os segmentos da sociedade, inclusive no mundo profissional e empresarial, onde as circunstâncias podem mudar drasticamente num instante, substituindo felicidade por desespero. Diante desta realidade é importante perceber que existe uma alternativa maravilhosa, muito melhor: alegria. 
 
A escritora Karen Mains oferece este discernimento: “Alegria não flutua com os altos e baixos da vida. Ela se eleva acima das circunstâncias. Alegria é um estado de íntimo contentamento e bem-estar, e suas exuberantes expressões exteriores”. A autora nos lembra que alegria não pode ser fabricada nem convocada; tampouco pode ser exigida. Esta descrição claramente faz distinção entre alegria duradoura e felicidade temporária: “Alegria é um cantar interior que não pode ser silenciado por circunstâncias negativas externas”.  
 
Por fim, como Karen Mains destaca, alegria é o subproduto de um relacionamento saudável e crescente com Deus. Ela escreve: “Devemos nos firmar na Triunidade. Devemos adorar cada vez mais ao Pai, identificarmos mais e mais a presença de Cristo no nosso viver diário e crescermos em obediência ao Espírito Santo”.  Por isso a Bíblia declara: “Mas o Espírito de Deus produz ... alegria...” (Gálatas 5.22). 
 
Num dia típico a felicidade pode ir e vir. Mas mesmo no ambiente de trabalho, a verdadeira alegria pode resistir à adversidade.
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário