Leio, na tela do computador, que cresceu o percentual de TVs desligadas no horário nobre. "Na primeira metade de novembro, na Grande São Paulo, a taxa de TVs desligadas no horário nobre foi de 55%. Em outubro, 57%. Em setembro, 60%. Os números são semelhantes em todo o País. Ricardo Feltrin, na coluna Ooops, postou que "a justificativa das emissoras é que, no calor, as pessoas preferem passear ao ar livre ou saborear um suco..." (Fonte: bluebus.com.br).
Eis aí uma boa notícia neste fim de ano. A televisão está entre os maiores entraves ao crescimento pessoal tanto do ponto de vista intelectual quanto do espiritual.
Bruce Narramore contou, num de seus livros, que certa vez, em Detroit, um grupo de pesquisadores ofereceu 500 dólares a 120 famílias para passarem um mês sem ligar a tevê. Sabe o que aconteceu? 93 famílias não toparam a ideia. Em compensação, 27 outras viveram experiências fora do comum, conversando, brincando, lendo... Admitiram que no princípio não sabiam bem o que fazer.
A tevê engana porque finge combater a ignorância. Mas se o usuário não abrir o olho, ficará ainda mais ignorante. Porque ela priva as pessoas do melhor exercício intelectual, que é a leitura acompanhada de reflexão, como impede também uma conversa mais demorada entre amigos ou familiares.
Sem falar no mal que ela faz às crianças ao congelá-las diante da tela. Ora, criança feliz vive correndo, jogando bola, virando cambalhota, rabiscando... e não mumificada perante a tevê.
Parece mais uma piada de Groucho Marx (1895-1977), mas ele é sério quando diz: "Considero a televisão muito educativa. Cada vez que alguém na sala liga o aparelho, vou para o quarto ler um livro". Talvez o melhor a fazer seja mesmo seguir o conselho do inventor da televisão, Vladimir K. Zworykin, antes de morrer: "De tudo o que criei acho que o melhor foi o botão de desligar".
Quer um alvo para o ano novo? Que tal desligar a tevê e ler mais?
Pr. João Soares da Fonseca
jsfonseca@pibrj.org.br
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