Se os nossos sentimentos nos definem, nossos desejos nos constituem. Nós somos aquilo que desejamos. Como ensinou Jesus, onde estiver o nosso tesouro, isto é, os nossos desejos, aí estará também o nosso coração (Mateus 6.21).
A maior desgraça do desejo é quando ele se converte em vício. Nada mais blasfemo do que um cristão viciado. Há cristãos viciados em falar da vida alheia; até reunião de oração se transforma em espaço privilegiado para a fofoca. São cristãos que não refreiam as suas línguas. Há cristãos viciados em guardar dinheiro; eles guardam sempre e de modo tão doentio que nunca usufruem dele. São cristãos que não refreiam sua cobiça. Há cristãos viciados em mentir; dizem a Deus que O estão adorando, mas estão apenas buscando uma bençãozinha; dizem que têm apreço por seu irmão, sendo até capazes de abençoá-lo da boca para fora, mas não têm a menor disposição de ajudá-lo a carregar as suas cargas. São cristãos escravos da aparência.
Ter domínio próprio é controlar os próprios vícios, não os vícios dos outros, que já é um outro vício.
Desejo-lhe um BOM DIA.
Israel Belo de Azevedo
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