Em novembro de 1997, de férias nos Estados Unidos, fiquei, certo dia, procurando algo para ver na televisão. De repente, um canal mostrava uma pequena multidão num santuário. O que me chamou a atenção foi que todos estavam saltitando, literalmente dando pulinhos ao som de uma bateria histérica. De repente, o líder, até ali saltitando junto com o povo, abriu os braços, curvou-se para frente como se fosse um aviãozinho desgovernado, e começou a correr no palco de um lado para outro. Ia e voltava, vezes sem conta. Um circo não teria tanta graça. Minha primeira reação foi óbvia: gargalhar. Mas depois comecei a me perguntar: Que tipo de Deus essas pessoas estão tentando adorar?
A. W. Tozer, um dos maiores homens de Deus no século 20 , disse: "O primeiro sinal da decadência de uma igreja é o abandono do alto conceito de Deus". De fato, o que cremos sobre Deus definirá o nosso conceito de homem, de pecado, de salvação, de igreja, etc. Moisés precisou ser lembrado de tirar os sapatos, já que pisava terra santa (Êx 3.5). Por que aquela terra era santa? Porque Deus estava ali. Alguns argumentarão que diante de Deus não temos que ser formais, já que Ele é o nosso Pai. Perguntam: "O filho não fica à vontade diante de seu pai?" Assim, em nome de uma intimidade, que é real, ultrapassamos os limites que a própria majestade de Deus estabelece. Responderei ao argumento de um modo pessoal: sou muito íntimo do meu pai (estou falando do meu pai carnal mesmo!), mas jamais me aproximo dele dando-lhe tapas e dizendo: - E aí, velhote? - Seria falta de respeito.
Em todas as culturas se percebe o temor e a reverência com que as pessoas se aproximam dos seus deuses. Parece que só os cristãos, que deveriam ser os primeiros a realçar a majestade de Deus e tremer diante dEle, resolveram ignorá-la. Como dizia Agostinho, "Deus não se torna maior se você o reverencia, mas você se torna maior quando o serve".
Pr. João Soares da Fonseca
jsfonseca@pibrj.org.br
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Fonte: http://pibrj.org.br/
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