Um provérbio do tempo de garoto que
nunca me saiu da mente é: “Boca fechada conserva pé de ouvido fresco”. Ao ouvir
pela primeira vez, não entendi, até que fui ensinado. E quantos tiveram o pé de
ouvido esquentado por causa de uma língua afiada.
Minha boca é um túmulo se
notabilizou como característica de alguém que guarda segredo, embora, normalmente,
seja usada ironicamente. Quem afirmar isso, em grande parte, já contou para a
torcida do Flamengo. Pelo menos, se contasse para a torcida de time pequeno,
vai lá.
Durante um tempo desenvolveu-se a ideia que
falar muito sinalizava domínio sobre os outros. Esse conceito foi se ampliando
e, hoje, é sabido que domina o diálogo quem fala menos. Há uma lógica: quem
fala menos, erra menos. Quem fala muito, erra muito. Logicamente, que não se
pensa em quem faz uso da palavra profissionalmente.
Provérbios 11.13 registra: “O
mexeriqueiro revela o segredo, mas o fiel de espírito o mantém em oculto” Na
versão da Bíblia de Jerusalém, temos: “Quem anda tagarelando revela o segredo,
é espírito seguro o que retém o assunto”.
Então, tanto quanto puder, boca
fechada. O silêncio, na maioria das vezes, faz grande bem. O peixe morre pela
boca e boca fechada não entra mosquito.
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