No tempo de garoto em nossa pacata
cidade, quem tinha um fusquinha era bem de vida. Quem tinha uma Brasília, rico.
Um homem recebe a visita de três homens bem vestidos, engravatados e com fala
bem afinada. Foram lhe comunicar uma premiação do Baú da Felicidade, ele
ganhara uma Brasília novinha e alguns procedimentos precisavam ser cumpridos
para receber o prêmio. Euforia na família. De um dia para o outro, um homem
simples, trabalhador braçal, honesto, ganhava um carro zero quilômetro. Dentre
os procedimentos, um era pagar certo valor para despesas pertinentes à
efetivação da premiação. Ele paga e, para encurtar, parece que até hoje anda de
bicicleta.
O escritor bíblico sabia disso há
muito tempo. “O simples dá crédito a cada palavra, mas o prudente atenta para
os seus passos” - Provérbios 14.15. Na Bíblia de Jerusalém, é assim: "O
ingênuo acredita em tudo o que dizem, o homem sagaz discerne seus passos”.
Também garoto na mesma pacata
cidade, ouvi: “Todo dia acordam um sabido e um bobo, até o meio-dia, eles se
encontram”.
A verdade é que “não é bobo quem
acredita e se decepciona. É bobo quem decepciona a quem lhe deu crédito”.
Ah, e quem gosta de contar algo da
vida alheia? Ao receber alguém assim, você será ingênuo ou prudente?
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* Série de meditações no livro de Provérbios. Cada dia do mês, o capítulo com o número do dia é destacado. A sugestão é que você leia o capítulo inteiro.
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