domingo, 5 de março de 2017

Desatenção


            Provavelmente o maior conselho dado pelos pais aos filhos quando se deslocavam para a escola era: “Preste atenção no que o professor vai ensinar! Não converse, não faça bagunça, preste atenção!”.
            O tempo passa, o tempo voa, e a orientação ainda é uma boa. Só que os tempos são outros, embora a desatenção seja antiga. Hoje, os aparelhos eletrônicos permitidos em sala de aula oportunizam ainda mais o problema.
            O tempo passa, o tempo voa e, mais tarde, os resultados sinalizarão que não foi uma boa. Como Provérbios 5.13, muitos lamentarão: “E não escutei a voz dos que me ensinavam, nem aos meus mestres inclinei o meu ouvido!”. Em outra versão: “Por que não dei atenção aos meus mestres, nem dei ouvidos aos meus educadores?”. E o trágico resultado não é omitido pelo escritor no verso 14: “Por pouco cheguei ao cúmulo da desgraça, no meio da assembleia e da comunidade”.
            Recentemente, ao sair de uma pizzaria, encontrei João Luiz, ex-pároco em nossa cidade, atualmente em Niterói. Somos amigos. Foram dez minutos de prosa. Ele indagou: “Neemias, que está acontecendo? Nós ensinamos e o povo não está aprendendo. O maior problema da Igreja não são os inimigos de fora, são os desatentos de dentro”.
            Ah, desatenção não é coisa de criança, não! O que tem de adulto desatento não está no gibi.

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* Série de meditações no livro de Provérbios. Cada dia do mês, o capítulo com o número do dia é destacado. A sugestão é que você leia o capítulo inteiro.

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