Templos lotados e dezenas, centenas e até
milhares de fiéis celebram com alegria o nome do Senhor nos domingos. Mãos
erguidas, olhos fechados, sorrisos e lágrimas, palmas, entrega de ofertas e
declarações de fé estão presentes nos encontros festivos da Igreja.
Vem a segunda-feira e, nas escolas, nas
empresas, nas indústrias, nas casas legislativas, nos palácios, nos canteiros
de obras, nos ônibus, metrôs e trens, o que se vê e se convive estabelecem uma
distância muito grande entre a teoria e a prática, entre o que se canta e
declara no templo e o que se demonstra na vida. Empregadores que lesam os
empregados em direitos, empregados que não cumprem suas obrigações, políticos
que participam de falcatruas, empresários que se utilizam de caixa dois, homens
que aceitam “gatos” na economia doméstica, esposos que traem a esposa,
sacerdotes que se vendem e apresentam como essência a bênção do Senhor no lugar
do Senhor da bênção.
Na década de 80 um refrão de uma música
advertia: “Não adianta ir a igreja rezar e fazer tudo errado, você quer a
frente das coisas, olhando de lado”.
Provérbios 21.3 diz: “Fazer justiça e juízo é
mais aceitável ao Senhor do que sacrifício”. Na Bíblia de Jerusalém, é assim: “Praticar
a justiça e o direito vale mais para Iahweh que os sacrifícios”.
Sacrifício é culto. Então, fica assim: “Praticar
a justiça e o direito vale mais para Deus que os cultos”.
Culto mesmo é dentro
e fora do templo.
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* Série de meditações no livro de Provérbios. Cada dia do mês, o capítulo com o número do dia é destacado. A sugestão é que você leia o capítulo inteiro.
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