O menino pobre com fome rouba o lanche
da mochila do coleguinha na escola e come escondido no banheiro. Sua
necessidade temporária foi satisfeita, ficou feliz.
Chega a hora do recreio e o dono do
pão percebe que foi tirado da mochila. Chora, reclama e uma verdadeira cruzada
para descobrir é organizada. Mas não descobrem. Providenciam outro lanche para
o menino e a vida segue normalmente.
Normalmente, não. Toda vez que
entrava no banheiro, o menino que roubara o lanche sente um friozinho na barriga
e aquilo não lhe faz bem. Em sala de aula, toda vez que ouvia a voz do seu
amiguinho sentia arrepio. Ao ser chamado pela professora, ficava nervoso e
relacionava ao ato que praticara.
Não suportando mais, chama a
professora, confessa, é repreendido com amor, confrontado em seu erro,
restabelece a comunhão com o coleguinha e volta a viver em paz.
Provérbios 20.17 é atual e oportuno: “Suave é
ao homem o pão da mentira, mas depois a sua boca se encherá de cascalho”. Na Bíblia de Jerusalém ganha sentido mais
direto: “Parece doce o pão da fraude, mas depois a boca fica cheia de areia”.
É melhor a fome com a verdade, a escassez com a dignidade, a falta com a justiça do que barriga cheia e a fartura com o produto da mentira.
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* Série de meditações no livro de Provérbios. Cada dia do mês, o capítulo com o número do dia é destacado. A sugestão é que você leia o capítulo inteiro.
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