Uma história do folclore
cardoso-moreirense muito interessante com os nomes verdadeiros preservados: Epaminondas
mentia muito. Era carroceiro e, muitas vezes, viajava pelas vilas, levando e
trazendo mercadorias. Em determinada vila, parava numa birosca, tomava uns
pileques com amigos do ofício e contava mentiras provocando gargalhadas. Certo
dia, passava pela estrada e não parou na birosca como fazia. Os amigos
protestaram e gritaram: “Epaminondas, não vai parar hoje para tomar uma pinga e
contar mentiras?”. Ele, sem pestanejar, respondeu: “Hoje, não posso, estou com
pressa, tenho que voltar rápido porque seu Aristóbulo morreu”. Este tinha
propriedade naquela vila, era muito querido, mas morava no distrito há muito
tempo. Foi uma surpresa. Os homens correram para casa, se arrumaram, arriaram
os cavalos e foram ao distrito mostrar solidariedade. Ao chegar à casa de
Aristóbulo, na varanda, numa cadeira de balanço, ele descansava tranquilo.
Epaminondas tinha inventado mais uma.
Humor à parte, a mentira tem trazido
muitos males. Quem mente, diz a Bíblia, é filho do Diabo.
Em Provérbios 12.22, lê-se: “Os
lábios mentirosos são abomináveis ao Senhor, mas os que agem fielmente são o
seu deleite”. Na Bíblia de Jerusalém, é assim: “Abominação para Iahweh são os
lábios mentirosos, o seu favor é para os que praticam a verdade”.
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* Série de meditações no livro de Provérbios. Cada dia do mês, o capítulo com o número do dia é destacado. A sugestão é que você leia o capítulo inteiro.
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