'Ele foi embora deixando um vazio em nosso corações', disse filha.
O economista Antônio Barros de Castro, ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), morreu na tarde deste domingo (21) após o desabamento da laje da casa onde morava na Rua Icatú, no Humaitá, na Zona Sul do Rio.
Segundo relato de Ana Clara Barros, filha do economista, Antônio, que tinha 73 anos e era também professor emérito do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), estudava em seu escritório quando aconteceu o acidente. Chorando bastante, ela destacou que ainda não está preocupada com as possíveis causas do desmoronamento.
"Não queremos entrar no mérito do motivo do acidente. O que vale é a pessoa que ele foi. Todos os quatro filhos, a neta e a esposa o amavam muito. Infelizmente ele foi embora deixando um vazio dentro dos nosso corações", afirmou Ana Clara, relembrando o cotidiano recente do pai, que conduziu o BNDES no governo do presidente Itamar Franco.
"Ele sempre foi uma pessoa muito estudiosa e ativa. Ainda dava palestras e escrevia artigos. Não à toa estava estudando quando a laje desabou", ressaltou a administradora de empresas.
Ainda de acordo com Ana Clara, o velório deve ser realizado nesta segunda (22), na capela do campus da UFRJ na Praia Vermelha, na Urca, Zona Sul do Rio.
No início da noite, o atual presidente do BNDES, Luciano Coutinho, divulgou nota oficial lamentando o ocorrido.
"O professor Barros de Castro foi capaz de conciliar uma brilhante carreira acadêmica, tornando-se uma referência no pensamento econômico brasileiro, com o enfrentamento de grandes desafios como homem público. Ele deixa para todos nós um legado de compromisso com o desenvolvimento do Brasil, e sem dúvida fará muita falta ao nosso país", declarou Coutinho.
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