Afirmam alguns que nunca sentimos sede nem
fome. Segundo eles, sentimos vontade de beber água e de se alimentar, mas que
só quem realmente fica privado dos dois por um grande período de tempo é que
pode testemunhar de ter sentido sede e fome. Parece coerente.
No Salmo 42.2 assim afirma o escritor: “A minha alma tem sede de Deus, do Deus
vivo; quando entrarei e me apresentarei ante a face de Deus?”.
Ter sede de Deus é mais do que simplesmente
sentir uma angústia em função de um problema. É mais do que um vazio causado
por uma decepção na vida. É uma experiência dolorosa que, segundo Dostoiévski,
“é um vazio do tamanho de Deus" e que todo homem tem.
Provavelmente, a dor do salmista se
relacionava a um problema. Mas é do próprio salmista, no mesmo Salmo, a
declaração: “Quando me lembro disto,
dentro de mim derramo a minha alma; pois eu havia ido com a multidão. Fui com
eles à casa de Deus, com voz de alegria e louvor, com a multidão que
festejava... Um abismo chama outro abismo, ao ruído das tuas catadupas; todas
as tuas ondas e as tuas vagas têm passado sobre mim” - 42.4,7.
Dessa forma, sua dor se relacionava ao
pecado. Está com sede de Deus? Clame, pois Deus atende: “O Senhor mandará a sua misericórdia de dia, e de noite a sua canção
estará comigo, uma oração ao Deus da minha vida” - 42.8.
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