De todas as cenas que envolvem a narrativa - lida dos versos 1 a 8, a que mais me chama a atenção está no verso 5: “Então disse eu: Ai de mim! Pois estou perdido; sou um homem de lábios impuros, e habito no meio de um povo de impuros lábios; os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos”.
Comparando sua experiência no capítulo 6 com a do capítulo 5 há um grande abismo, grande diferença: no cinco, Isaías lança os ais sobre os outros - vale a pena ler. No 6, o ai é sobre si mesmo.
A causa da mudança: ver Deus. Quem vê Deus, consegue enxergar mais sobre si. E a única conclusão é: “Ai de mim!”.
Santidade, ao contrário do que se diz no senso comum, é ver mais a própria pobreza e menos a pobreza dos outros. Quanto mais santidade, mais consciência de pecador. Quanto mais de Deus, menos de mim.
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