Ele é o parlamentar - Câmara e Senado - com mais tempo de mandatos eletivos ininterruptos, alcançou o número 10. Sua trajetória política é marcada pela integridade e algo que chama a atenção é o fato de ter o escritório no Rio de Janeiro no mesmo endereço desde o seu primeiro mandato.
É evangélico, hoje membro da Igreja Batista do Recreio dos Bandeirantes, e faz questão de ressaltar que sua conversão se deu ao conhecer os pastores Nilson do Amaral Fanini e Irland Pereira de Azevedo na Escola Superior de Guerra, quando foi evangelizado por eles, vindo a se tornar membro da Primeira Igreja Batista de Niterói.
Em Brasília, sua voz é respeitada e reconhecida como pessoa equilibrada e que trata de todas questões envolvendo comissões e discussões no plenário com muita convicção, conhecimento e sabedoria.
No momento tenso em que vive a nação, o Senador respondeu com visão bem ampliada sobre os problemas que tem nos afligido.
Como o irmão está vendo o quadro atual alcançando um mês de quarentena?
Muito triste, eu confesso que nunca vivemos uma situação tão complexa, totalmente inusitada e, naturalmente, o mundo todo não estava preparado para isso e, particularmente, nós aqui no Brasil também não estávamos.
O irmão defende que são três ondas surgidas no problema. Como é isso?
A primeira onda é a que estamos vivendo, é a luta para salvar a vidas, reduzir o contágio, manter os equipamentos dos hospitais em número suficiente para eventuais picos de internação. O governo está tomando providências. Esta onda está entrelaçada com a que, no meu entendimento, é a pior onda, a econômica. Esta já desmontou a economia, a quantidade de desempregados aumenta a cada dia porque as empresas estão de portas fechadas. Isso implicará num problema que é a fome e vai matar mais do que o CORONAVÍRUS, não tenham dúvidas. E a terceira onda, é o ano eleitoral, as administrações ou querem se reeleger ou querem eleger os seus indicados e ficam muito benévolas com relação aos recursos e já temos notícias de contratos emergenciais superfaturados. É um grande risco que corremos agora. São três ondas: saúde imediata, economia e ano eleitoral.
Eleições este ano, transfere, posterga...
Penso numa postergação que não altere a data da posse dos novos eleitos. É uma questão técnica que, naturalmente, o TSE está estudando. Eu penso que dá para acontecer, não com este momento de confinamento, mas acredito que nos próximos seis meses, o confinamento será bem menor. É só uma questão de organizar filas, locais. Parece que é o que os Ministros do TSE estão pensando. Vamos aguardar um pouco, não dá para especular.
Isolamento...
É a questão que nos aflige: a eficácia ou não do isolamento social. Alguns países usaram, outros não usaram, não é uma medida confirmada. Mas como outras medidas, que também não são confirmadas, como o uso da CLOROQUINA ou outro medicamento, tudo porque nós não estávamos preparados para isso, já estamos confinados há um mês.
Funcionamento do Congresso.
O Congresso está funcionando normalmente. Todos os dias tem sessão do Senado na parte da tarde que vai até à noite. Discutimos, debatemos e votamos matérias. Hoje, temos Sessão. Quem quiser assistir, liga no Canal do Senado. Debateremos e votaremos assuntos que poderão virar importantes leis.
Ministério da Saúde, Ministro Mandetta.
Houve um conflito de ideias, isso é muito debatido na imprensa. O governo tem todos os instrumentos nas mãos, estratégicos, e tomou a decisão que foi a melhor para o Brasil. É um cargo de confiança, demissível, e, como dizem os juristas, ‘ad nutum’, demissível a qualquer momento e sem causa, é uma prerrogativa do Presidente. Com certeza, houve assessoria dos Ministros. Cada um terá sua opinião, alguns pensam por que não demitiu antes... a gente só tem uma parte das informações, o governo, o Presidente e os assessores tem todas as informações e a decisão foi boa para o Brasil. Sair ou não sair o Ministro é o de menos, o que tem que manter é a proteção as pessoas.
Avaliação sua sobre o Ministério da Saúde até o momento.
Pelo que é verbalizado, é uma postura que o Ministro Mandetta adotou, científica, seguindo as orientações de organismos internacionais. Agora, a Ciência tem dois lados, tem outros que pensam diferente, ele optou pelo isolamento. Minha opinião pessoal: essa não é a solução, pelo que eu leio de outros países, a solução é o isolamento vertical, preservando os vulneráveis, o resto trabalha, temos quase cinco mil municípios que não tem um caso de CORONAVÍRUS, pode todo mundo trabalhar e produzir.
O Senador acredita haver um forte conteúdo político no evento...
Esses rigores tem um conteúdo político de desconstrução do governo do Presidente Jair Bolsonaro. É um movimento internacional, que tem seus adeptos no país e que estão tentando mudar. A verdade é que o Presidente e o governo desmontaram a promiscuidade financeira que existia entre os poderes da República, cortou as tetas. Evidentemente esse bolso da corrupção quer voltar, porque quer como era antigamente. Ainda não deu tempo de tirar os inimigos do Brasil, que foram colocados dentro da máquina pelos últimos governos, tem que ser aos poucos, evidentemente, estão identificados, é claro, mas não podem ser alijados de uma hora para outra porque tem problemas sociais envolvidos. Veio o CORONAVÍRUS e interrompeu esse processo e precisou parar o país, então as medidas saneadoras tiveram que parar, elas que recuperavam a economia do país, que foi devastada pelo lulo-petismo, nesses governos malucos do passado.
Templos fechados ou abertos, que pensa o Senador?
Chegamos a uma situação que o confinamento impôs. Os templos podem ficar abertos para aconselhamentos e coisas desse tipo para dar suporte espiritual. Não se recomendam aglomerações, e fazer culto presencial, é aglomeração. Os cultos das principais igrejas são transmitidos sem problema. Eu assisto ao culto da minha Primeira Igreja Batista do Recreio tranquilamente em minha casa sem nenhum problema.
Previsão de crescimento do PIB para este ano era de 2%. Agora, uma projeção de perda de 5%. No total, perda de 7%. Como ter esperança num quadro assim?
Nossa vida está no controle de Deus, não fico preocupado em nenhum momento quanto a isso. Temos um governo que se manifestou como temente a Deus e se converteu à Palavra do Senhor, inclusive teve uma atitude que nenhum presidente apresentou, pediu um dia de oração e jejum. Estamos vivendo um tempo diferente, algo sobrenatural está acontecendo, nunca devemos perder a esperança e saber que ‘tudo contribui para o bem daqueles que amam a Deus’.
Ministro Nelson Teich.
Confio na escolha do substituto pelo Presidente, afinal ninguém é dono da verdade. Não existe opinião majoritária quanto a estratégia para combater o vírus chinês. Temos que salvar vidas na saúde e empregos na economia. Que Deus abençoe e inspire o novo Ministro da Saúde.
Considerações Finais.
Os evangélicos no Brasil são 1/3 da população, temos uma grande responsabilidade, devido à nossa capilaridade, a nossa presença em todos os lugares do Brasil. Tendo a Bíblia como base de orientação, temos que estar muito atentos às informações, tomar cuidado para não replicarmos notícias falsas, FAKE NEWS, procurar tranquilizar e ter serenidade, cumprir as orientações das autoridades e orar por elas, como está em Romanos. É uma bela oportunidade que temos para influenciar com disciplina e ser testemunhas de nossa fé.
Excelente!👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼
ResponderExcluirBoa a entrevista e falou com propriedade...
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