domingo, 5 de abril de 2020

Pr. João Marcos Barreto Soares, Diretor de Missões Mundiais: "Eu peço aos pastores que não parem as campanhas missionárias e que orem por nós".

Pr. João Marcos Barreto Soares
"Diretor Executivo da Junta de Missões Mundiais
"Fui criado em um lar cristão onde problemas eram encarados como algo que deveriam ser resolvidos e não impedimento a fazermos a vontade de Deus".

O vírus que tem colocado o mundo prostrado chegou ao Brasil bem no início da Campanha de Missões Mundiais. Isso depois de devastar vários países em todo o mundo onde os batistas brasileiros investem em missionários para a pregação do Evangelho.

Acrescente-se a isso o fato do dólar disparar, situação que faz tensionar ainda mais as lutas da liderança de Missões Mundiais da Convenção Batista Brasileira.

Na entrevista exclusiva a seguir, você tomará conhecimento de todos os desafios que precisam ser administrados pelo Diretor de Missões Mundiais, Pr. João Marcos Barreto Soares.


Que alterações o CORONAVÍRUS trouxe para o programa missionário mundial?

A grande alteração é a impossibilidade que todos enfrentamos de termos reuniões presenciais. Mas os trabalhos não pararam. Nossos missionários estão trabalhando com as ferramentas digitais disponíveis. 
Esta foi outra grande alteração. O trabalho migrou para a área digital. Mas é importante lembrar que isso só foi possível porque anteriormente havia uma base de relacionamentos pessoais.

Há missionários nos países em que o caos se instalou? Como eles estão? Que ações foram feitas para a segurança deles?

Temos missionários em 85 países e em todos eles há casos de coronavírus. Nos mais afetados atualmente temos diversos missionários. Todos estão bem, graças a Deus. Seguiram o protocolo e estão em segurança. 
Aliás, estamos experimentando um milagre: até agora nenhum dos 2011 missionários da JMM foi acometido pelo COVID 19, nem nenhum de seus familiares. Além disso, nem nós, funcionários da sede, fomos. Sabemos que podemos ser contagiados a qualquer tempo, mas temos que louvar porque até agora nenhum de nós foi.
Desde o surgimento do que era identificação como “pneumonia chinesa” entramos em sobreaviso. A junta fez uma importante mudança em sua ação no ano de 2014 quando tornou obrigatório que o coordenador resida na sua região de trabalho. Nosso coordenador da região 4, que abrange a China logo teve condições de identificar o problema e aplicar o protocolo de segurança que foi desenvolvido ao longo dos anos na JMM. Como a crise mostrava ser bem específica, um protocolo específico foi criado. Inicialmente foi aplicado apenas aos países da região 4, mas a partir dos primeiros casos notificados na Europa estendemos a aplicação para todo o mundo. 

"Estamos experimentando um milagre: até agora nenhum dos 2011 missionários da JMM foi acometido pelo COVID 19, nem nenhum de seus familiares. Além disso, nem nós, funcionários da sede, fomos. Sabemos que podemos ser contagiados a qualquer tempo, mas temos que louvar porque até agora nenhum de nós foi".

No Brasil, o CORONAVÍRUS toma força exatamente no início da Campanha de Missões Mundiais e o Dólar nas alturas. Que isso representa em termos de programa financeiro?

A pandemia gerou uma crise sem precedentes na história da sociedade moderna. Missionários antigos, como o pastor Lauro Mandira, afirmam que nunca passaram por algo assim. 
Com a não realização dos cultos nas igrejas por causa do confinamento, o que deve ser elogiado, com a dificuldade das pessoas em realizar operações bancárias nossa receita caiu. Somado ao fato de que dólar subiu mais de 30% desde o final do ano passado temos o que é chamado “A tempestade perfeita”. Mas sabemos a quem servimos e que ele é poderoso para acalmar o mar e dissipar a tempestade. Enquanto isso não acontece continuamos trabalhando como sempre fizemos. 
Realizamos cortes no sustento da liderança da JUNTA, começando pelo meu. Iremos conseguir honrar todos os nossos compromissos, mas é importante dar o exemplo.

Quais as expectativas para os próximos meses em relação a Missões Mundiais?

Estamos na expectativa do que acontecerá em diversos países. Temos visto muitas pessoas se interessarem por Jesus. Como disse C. S. Lewis “O sofrimento é o megafone de Deus para falar a um mundo ensurdecido”. Principalmente na Europa, as pessoas estão se voltando para Deus. Um dos nossos missionários, Pr. Fabiano Nicodemo, faz um trabalho muito bom no YouTube e sua audiência cresceu muito nesse período. Italianos de todo mundo estão assistindo seus programas. Creio que teremos uma grande colheita nos próximos meses.

Esperança. O Diretor de Missões Mundiais está esperançoso de virada desse quadro? Como está emocionalmente o nosso Diretor?

Fui criado em um lar cristão onde problemas eram encarados como algo que deveriam ser resolvidos e não impedimentos a fazermos a vontade de Deus. Isso continua comigo até hoje. Minha esperança é aquela para a qual fui regenerado, como diz o apóstolo Pedro em sua primeira carta. Minha esperança é a Viva Esperança, Cristo ressurrecto. 
Estou bem emocionalmente. Tem sido um momento de muito trabalho. Tem sido desgastante em alguns momentos, mas tenho tido apoio de minha esposa, meus filhos e de muitas pessoas que têm nos sustentado em oração.

Que pedido ou mensagem você gostaria de transmitir aos pastores e igrejas batistas neste momento?

Eu peço aos pastores que não parem as campanhas missionárias e que orem por nós. 
Essa é a hora de mostrarmos nossa fidelidade e que nossa prioridade é, de fato, cumprir a Grande Comissão. 

Fiquei muito feliz com algumas notícias que recebi. Hoje um pastor que não conheço pessoalmente me ligou para dizer que a igreja já superou o alvo apesar de ter ficado três semanas sem realizar os cultos presenciais.

Fiquei especialmente tocado com a criatividade de duas iniciativas similares. Uma frente missionária no Rio Grande do Sul criou um Disk Pizza para levantar recursos para a campanha de Missões Mundiais. A PIB de Paranaguá criou a cantina missionária delivery e está fazendo entregas dos pedidos. 

Essas iniciativas mostram como podemos ser criativos e continuar a fazer a campanha.

Considerações finais.

Tenho falado que Deus continua sendo o Senhor sobre todos, sobre tudo e sobre a história. Ele continua soberano. Se permitiu que passássemos por isso é porque tem um plano. Estamos passando pelo Vale da sombra da morte, mas Ele continua conosco. O vale acaba, mas o amor de Deus nunca acaba. Após o vale, há a realização da promessa: abundância de celebração com Ele. 

Este é um momento histórico e aprouve a Deus que estivéssemos todos nele para experimentarmos mais dele.

Uma outra dificuldade que estamos enfrentando é a doença que acometeu o Pr. Sócrates, o principal executivo de nossa denominação. Somos amigos há quarenta anos e não é fácil saber que está lutando contra algo tão mortal. Temos orado por sua restauração plena e que Deus guarde o coração da Lúcia e das filhas. Toda a JMM está orando por isso!

Coopere com a obra missionária de Missões Mundiais!

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