Língua que abençoa
Era garoto e morávamos às margens do Rio Muriaé em Cardoso Moreira. Na margem oposta, uma senhora lavava roupa nas límpidas águas do caudaloso rio e uma lembrança que não me sai da cabeça era uma música entoada por ela. Dizia mais ou menos assim: “Água, água lava tudo, só não lava a língua dessa gente!”.
Ela devia ter suas razões assim como o poeta no Salmo 120. No verso dois, ele suplica: “Senhor, livra-me dos lábios mentirosos, da língua enganadora!”.
Alguém já disse que se dominarmos nossa língua teremos eliminado praticamente todos os problemas da vida, restando alguns poucos.
Tiago, irmão de Jesus, advertiu que muitos com a mesma língua adoram a Deus e ofendem ao seu irmão. E ele questiona como pode “de uma mesma fonte sair bênção e maldição!”.
Um dos grandes erros que podemos incorrer é adorar a Deus no domingo no templo e durante a semana agredir as pessoas, difamá-las, provocar fofocas e alimentar o mal com a nossa língua.
“O que lhe será dado ou acrescentado, ó língua enganadora?”, indaga o poeta no verso 3.
Sua língua edifica ou destrói vidas?
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