O Deus dos indefesos
Eu era menino e ouvia meu pai falar sobre um discurso do famoso Tenório Cavalcanti, o homem da capa preta, político fluminense nas décadas de 50 e 60 do século XX. Pelos amigos, era chamado “O rei da baixada” e pelos rivais “o deputado pistoleiro”, pela sua fama de homem bravo e tem em sua companhia “Lurdinha”, uma submetralhadora MP-40.
Exclamava Tenório nos palanques: “No Brasil, fica preso quem rouba um pão e fica livre quem rouba um milhão”.
Asafe não é um poeta contemplativo, é um profeta incisivo. Veja o que escreveu no Salmo 82.2: “Até quando julgarão injustamente e tomarão partido pela causa dos ímpios?”. Não é bem parecido com os dias atuais, em que os pobres e pretos são os mais cassados pelos que se dizem os homens da lei?
O apelo do profeta Asafe é contundente: “Façam justiça ao fraco e ao órfão, procedam retamente para com o aflito e o desamparado. Socorram o fraco e o necessitado; tirem-nos das mãos dos ímpios” - versos 2 e 3.
Todas as investidas de Deus são para proteger os indefesos. Quando invertemos essa lógica, estamos brigando com Deus!
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