segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Amigo Raro

Muito tempo antes de Freud, o poeta francês André Chénier (1762-1794) escreveu: "Todos nós nos sentimos aliviados quando falamos dos males que nos afligem". De fato, como é bom ter alguém a quem possamos segredar nossas frustrações! Como é bom ter aquele amigo que, sem segundas intenções, ouça o desfiar das nossas tristezas e ainda se faça portador de uma palavra que nos revigore. Mas numa coisa todos concordamos: amigos com essa configuração rareiam e são, portanto, difíceis de se encontrar. Na lufa-lufa e na correria dos nossos dias, parece não haver muito tempo para a plantação e o cultivo de sementes de amizade profunda; e por isso elas não conseguem germinar, crescer e frutificar. Antoine Éxupery já havia percebido isso e resumiu muito bem esta verdade ao dizer em O Pequeno Príncipe: "...como os amigos não são vendidos em prateleiras de lojas, está ficando difícil encontrar um amigo".
Parece incrível que se possa viver solitário, mesmo rodeado de milhares de pessoas, como ocorre hoje nos centros urbanos! Sendo assim, desejo lhe falar de um amigo que, aliás, está ansioso por estabelecer amizade sólida e duradoura com você. Ele não está nem um pouco interessado nos seus bens. Ele está interessado no que você é, e principalmente no que você pode vir a ser. Porque para ele, o ser é mais importante que o possuir. Ele valoriza mais a essência do que a aparência. Ele terá tempo para ouvir você e aconselhar você numa ou noutra direção em sua vida. Ao ouvido dele você poderá despejar todo o seu desapontamento com a vida. Esse amigo deseja sinceramente fazer parte da sua vida e integrar o seu círculo íntimo de amigos. Ele está oferecendo a você hoje um tipo de amizade que mais ninguém oferece. Tanto é assim que ele mesmo disse: "Ninguém tem maior amor do que este: o de dar alguém a sua vida pelos seus amigos" (Jo 15.13). Aceite a amizade eterna que Jesus lhe oferece.
Pr. João Soares da Fonseca
jsfonseca@pibrj.org.br

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