domingo, 27 de setembro de 2020

Segunda carta

Na primeira carta aos coríntios, Paulo demonstra veemente preocupação com a inclinação ao pecado deles. Do primeiro capítulo até praticamente o final, o apóstolo repreende-os severamente.

Na segunda carta, o conteúdo é muito agradável e, embora haja orientação para enfrentar os hereges, o texto é recheado de encorajamento, sem lembranças dos pecados alistados na primeira e palavras de incentivo. Sugere-se que os cristãos, ouvindo o apóstolo, abandonaram o pecado e iniciaram um novo modo de viver.

A vida tem sempre uma porta aberta para quem deseja reiniciar. Ninguém está condenado sem que, primeira e repetidamente, tenha oportunidade de arrependimento. Deus é o Deus da segunda chance. Da segunda oportunidade.

A segunda carta aos coríntios é muito mais do que uma simples ordem no envio de correspondência. É um atestado que vale a pena tentar e tomar outra estrada.


Em qualquer assunto de sua vida, você pode escrever uma segunda carta. Deus dará conteúdo muito mais nobre a você. Com a caneta ou teclado, encorajo você a começar agora!

sábado, 26 de setembro de 2020

Deus é o esconderijo


Sofonias significa “o Senhor o escondeu”. Vem-me à mente a imagem de garoto com medo, o pai amparando no colo, a cabeça escondida e a certeza que se está seguro.

A cultura predominante sobre Deus é muito maldosa. Criou-se a figura de um déspota, crápula e cruel que deseja espancar quando se erra. Mas a Bíblia é completa e a visão mais perfeita de Deus é a de amparador, refúgio seguro, esconderijo agradável.

A linha que perpassa todo o livro, de apenas três capítulos, apresenta-o como o Senhor da história, dirigente moral do universo, Senhor absoluto de todos os povos, soberano, e nada acontece sem o seu consentimento.


As duas verdades se encontram: o senhor soberano, dirigente da história quer e pode esconder sua vida. Corra para os braços d’Ele. Lá, estará seguro e nenhum inimigo alcançará. Sofonias 3.14-17: “Canta alegremente, ó filha de Sião; rejubila, ó Israel; regozija-te, e exulta de todo o coração, ó filha de Jerusalém. O Senhor afastou os teus juízos, exterminou o teu inimigo; o rei de Israel, está no meio de ti; tu não verás mais mal algum. Naquele dia se dirá a Jerusalém: Não temas, ó Sião, não se enfraqueçam as tuas mãos. O teu Deus, o poderoso, está no meio de ti, ele salvará; ele se deleitará em ti com alegria; calar-se-á por seu amor, regozijar-se-á em ti com júbilo”.

sexta-feira, 25 de setembro de 2020

Brasileiro residente nos Estados Unidos declara: “Aprendi a ser um ser humano melhor, respeitar as leis do país, respeitar o próximo, não compactuo mais com aquele ‘jeitinho’”.


Alessandro Corrêa Moraes: “Aprendi a ser um ser humano melhor, respeitar as leis do país, respeitar o próximo, não compactuo mais com aquele ‘jeitinho’”.

Ele é palmeirense de carteirinha, sua origem é o bairro Ipiranga na capital paulista e bem jovem mudou-se para os Estados Unidos com objetivos bem definidos. É casado com Christiane Silva, e o cachorro Benji, recentemente adotado, é uma companhia que agrada muito ao casal.

Em São Paulo, trabalhava com Importação e Exportação. Formado em Tecnologia da Informação. Jogava muito futebol, ia muita pra Ilhabela, parque do Ibirapuera e Museu do Ipiranga. Hoje acompanha NASCAR, uma associação que dirige eventos de esporte a motor, principalmente de "stock cars".

O casal tem verdadeira paixão em ajudar pessoas, é integrado na Redeemer Brazilian Community Church, em South Ranches, Flórida e tem grande participação na liderança da Igreja.

Estamos falando de Alessandro Moraes, que apresenta suas impressões sobre este momento.

Alessandro e sua esposa Christiane

Por que foi morar nos Estados Unidos e há quanto tempo reside aí?

Vim morar nos Estados Unidos porque era um desejo desde adolescente e nos meus 29 anos consegui uma oportunidade de vir, estudar e trabalhar, e estou até hoje. Amo o Brasil, mas a minha casa hoje é aqui. Nos USA, eu conheci Jesus e tive as melhores oportunidades de trabalho e crescimento espiritual e como ser humano.

Você teve ou tem medo de algo muito pior nessa Pandemia?

Sobre a pandemia, nunca senti medo, mas levo isso muito a sério e sempre tomando os cuidados necessários. Devemos aprender com essa situação, aprendi que não preciso de muito para viver. Tive COVID-19 e Deus me livrou, hoje sou doador de Plasma para os doentes que nem conheço, não importa, é minha obrigação doar, se Ele me livrou, meu dever é ajudar.

Como é enfrentar esse problema num país longe de sua pátria?

Já estou acostumado a viver e enfrentar todos os problemas aqui nos USA. Aqui se trabalha bastante também. Como eu digo sempre: aqui não é para qualquer um, já vi muita gente voltar para o Brasil desistindo de tudo.

Que lições práticas você tira dessa experiência?

Aprendi a ser um ser humano melhor, respeitar as leis do país, respeitar o próximo, não compactuo mais com aquele “jeitinho”, e como disse conheci Jesus neste país abençoado.

Estados Unidos e Brasil: como você vê o tratamento na questão da Pandemia?

Aqui, um suporte e estrutura tremenda, temos ajuda de comida duas ou três vezes por semana para qualquer pessoa, testes de COVID-19 grátis todos os dias, seguro-desemprego, pagando $600 por semana só por conta do COVID-19, e muitas outras coisas. No Brasil, não sei muito, mas o que vejo é a falta de estrutura, tudo se paga caro e o governo não leva muito a sério. Muito triste, mas meu desejo é ver o Brasil como os USA um dia.

Sua mensagem final:

Que Deus abençoe todos os pastores e todos os que creem em seu nome. Fiquem firmes que no final Deus tem o melhor para nós. Gostaria muito de um dia poder visitar a sede dos batistas e que os batistas sejam sempre abençoados por Jesus.

Há esperança, há livramento



Obadias tem apenas um capítulo (leia-o), mas traz uma duríssima profecia sobre Edom: “Eis que te fiz pequeno entre os gentios; tu és muito desprezado. A soberba do teu coração te enganou, como o que habita nas fendas das rochas, na sua alta morada, que diz no seu coração: Quem me derrubará em terra? Se te elevares como águia, e puseres o teu ninho entre as estrelas, dali te derrubarei, diz o Senhor”.

Tem mais: “Porventura não acontecerá naquele dia, diz o SENHOR, que farei perecer os sábios de Edom, e o entendimento do monte de Esaú? E os teus poderosos, ó Temã, estarão atemorizados, para que do monte de Esaú seja cada um exterminado pela matança”.

Situação dramática, do ponto de vista humano, não há mais solução. Mas há: “Mas no monte Sião haverá livramento, e ele será santo; e os da casa de Jacó possuirão as suas herdades”.

É sempre assim: quando todas as portas se fecharem, há esperança e há livramento. E o livramento será do Senhor e no Senhor, refúgio seguro, fonte inesgotável, segurança completa.

Não desista, há esperança e há livramento.

quinta-feira, 24 de setembro de 2020

Renove a esperança


E nós esperávamos que fosse ele o que remisse Israel; mas agora, sobre tudo isso, é já hoje o terceiro dia desde que essas coisas aconteceram” -Lucas 24.21. Percebeu a construção verbal? Esperávamos. A esperança foi embora.

Dois discípulos caminhando sem esperança. E a perda da esperança traz prejuízos incalculáveis:

Primeiro, tristeza: “E ele lhes disse: Que palavras são essas que, caminhando, trocais entre vós, e por que estais tristes?”.

Segundo, perda do bom senso (repreendeu Jesus): “E, respondendo um, cujo nome era Cléopas, disse-lhe: És tu só peregrino em Jerusalém, e não sabes as coisas que nela têm sucedido nestes dias?”.

Terceiro, perda da confiança nas promessas: “E ele lhes disse: O néscios, e tardos de coração para crer tudo o que os profetas disseram! Porventura não convinha que o Cristo padecesse estas coisas e entrasse na sua glória?”.

Quarto, perda da sensibilidade: “E disseram um para o outro: Porventura não ardia em nós o nosso coração quando, pelo caminho, nos falava, e quando nos abria as Escrituras?”.

Mas sempre é tempo de recuperar: “E na mesma hora, levantando-se, tornaram para Jerusalém, e acharam congregados os onze, e os que estavam com eles, os quais diziam: Ressuscitou verdadeiramente o Senhor, e já apareceu a Simão. E eles lhes contaram o que lhes acontecera no caminho, e como deles fora conhecido no partir do pão”.


Nunca perca a esperança! 

quarta-feira, 23 de setembro de 2020

Em pé é melhor

Sempre que me lembro do livro de Ezequiel, a primeira impressão que me vem à mente é: “E disse-me: Filho do homem, põe-te em pé, e falarei contigo” - Ezequiel 2.1. Parece-me que daqui vem a ideia da congregação de pé para ler a Bíblia.

 

Estar em pé significa saúde. É difícil para o doente ficar de pé. Significa ânimo, o desanimado quer cama. Também significa desejo de caminhar, só se caminha em pé. Estar em pé é vigor, alegria, esperança e prosperidade.

 

Verdade é que não tem apenas o sentido físico. Pode-se estar em pé, mas deitado por dentro. E até, deitado por fora, e em pé por dentro. O abatimento faz com que pessoas saudáveis fiquem acamadas nas marginais da vida, embora totalmente de pé em suas atividades.

 

Deus é o que levanta o caído. É o que dá esperança. É o que reanima. É o que nos faz ficar em pé. De sua boca sai a palavra animadora “põe-te em pé”. Mas não é uma ordem, é um estender de sua mão, capaz de nos levantar.

 

Há uma luta querendo te abater? Pôe-te em pé, Deus falará com você!

terça-feira, 22 de setembro de 2020

E o inverno se despede


Hoje é o último dia do inverno. Sinceramente, não é minha preferida estação. Sou mais afeito a temperaturas mais elevadas. Pudesse, determinaria que ficasse em torno de 20 a 25º. Mas não posso. E nem devo. Há quem entenda mais do que eu sobre os tempos e estações. E Ele, mesmo que a interferência humana contribua para danosas alterações, tem o comando de tudo.

Mas também não sou inimigo do inverno. Como é gostoso dormir nesse tempo! E tomar aquele leite quente, aquele chocolate, aquela sopa! E inverno mesmo em minha região parece passagem de cometa.

O inverno é tão importante quanto qualquer outra estação. Seu valor é incomensurável. Nos ciclos da natureza, é o período em que as raízes das árvores são fortalecidas. Não acontecendo esse processo, as sementes e as colheitas não serão boas. Não despreze o inverno, valorize-o, mesmo que não seja sua preferência. Ele é criação de Deus. Salmo 74.17: “Marcaste os limites da terra, criaste o verão e o inverno”.

Fortaleça suas raízes em Cristo para que os frutos e sementes sejam saudáveis!

Até a próxima, inverno, se Deus quiser!

segunda-feira, 21 de setembro de 2020

Árvore frutífera


Hoje, é comemorado o dia da árvore. Foi criado com o objetivo de conscientizar todos sobre sua importância para o meio ambiente, sobretudo para os seres humanos.

Sem dúvida, a árvore tem grande importância na vida, ao produzir oxigênio através da fotossíntese.

Dentre os benefícios, estão: contribuir para a biodiversidade, reduzir a poluição do ar, extrair flores e frutos para alimentação e produção de remédios, reduzir a temperatura e promover sombras, oferecer abrigo para outras espécies, como animais e fungos, e contribuir para a beleza paisagística.

Uma cidade arborizada torna-se muito mais agradável e apresenta melhor qualidade de vida para a população.

De autoria de José Martí, poeta cubano, ou da sabedoria popular, é muito oportuna a declaração: “Três coisas que cada pessoa deve fazer durante sua vida: plantar uma árvore, ter um filho e escrever um livro”.

A árvore está presente nas narrativas bíblicas, como a árvore da ciência do bem e do mal. E uma metáfora está diretamente relacionada a nós: “O varão que não anda segundo o caminho dos pecadores será como uma árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto na estação própria, cujas folhas não caem e tudo quanto fizer prosperará” - Salmo 1.1-3.

Plante uma árvore. Valorize-a!

Cada dia - Conclusão

Salmo 68.19 em várias versões:

“Bendito seja o Senhor que, dia a dia, leva o nosso fardo. Deus é a nossa salvação”.

“Bendito seja o Senhor, Deus, nosso Salvador, que cada dia suporta as nossas cargas”.

“Bendito seja o senhor a cada dia! Ele cuida de nós: é o nosso Deus salvador!”.

“Bendito seja o Senhor que de dia em dia nos cumula de benefícios: o Deus que é a nossa salvação”.

“Bendito seja Adonai! Todos os dias, ele suporta as nossas cargas, nosso Deus, nossa salvação”.

O convite a assumirmos um compromisso diário, dependência a cada dia, é revestido da promessa de cuidado diário. Não somos convidados para uma caminhada e abandonados quando a adversidade nos surpreende. Estamos numa parceria. A promessa do Pai é: “eu estou com você todos os dias, até o final dos tempos” - Mateus 28:20.

Por vinte e hum mil, novecentos e quinze dias, o Senhor tem diariamente cuidado de mim. Nem sempre nos damos conta, mas seu cuidado está presente. Em nenhum segundo de minha vida estive e estarei sozinho! Ele cuida de mim! Por quanto tempo Deus cuida de você?

Cada dia - IX



“Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome cada dia a sua cruz e siga-me” - Lucas 9.23.

Encontro um cristão e pergunto sobre sua igreja e seu pastor. Ele me informa: “Ah, não estou mais naquela Igreja, estou na Igreja tal”. Mais ou menos um ano depois, reencontro-o e faço a mesma indagação. A resposta também é a mesma. E assim muitos cristãos desenvolvem um tipo de Igreja Flutuante.

Em encontro com outro cristão, a surpresa é de seu abandono temporário da fé, em função de lutas e problemas, envolvendo-se com práticas antigas condenadas pelo evangelho.

É bem possível que nos casos citados e nos milhares de outros ao redor do mundo, o que falta é a perseverança em seguir a Jesus, tomando cada dia sua cruz, ou seja, reafirmando seu compromisso diário independente do que aconteça.

Quando se desiste da caminhada, o cada dia difícil torna-se mais difícil ainda, quando não se torna praticamente impossível.

Walter Elliott declarou: “A perseverança não é uma longa corrida; ela é muitas corridas curtas, uma depois da outra”.

Cada dia - VIII

É muito comum a conclusão que dependência do Senhor significa caminhada com a ausência de problemas. Total engano.

Um jovem no serviço público, em cargo de confiança, recebeu orientação para assinar documentos relacionados a aprovação em determinado setor. Conferindo os procedimentos, percebeu que faltavam etapas importantes e necessárias. Argumentou e a resposta foi que era protocolar e que seriam dispensadas em função da urgência. O jovem contra-argumentou, informando claramente a necessidade das etapas cumpridas. Após um vai e vem entre ele e a chefia, o jovem finalizou: “Só assino com essas etapas cumpridas”. Passados poucos dias, foi-lhe comunicado troca na equipe e foi dispensado. A dependência e compromisso com o Senhor trouxeram-lhe problema.

A vida seguiu, o jovem assumiu outro trabalho e, tempos depois, as pessoas estavam envolvidas com denúncias por desvios de dinheiro e o jovem seguindo sua vida com alegria.

Dependa do Senhor cada dia e, mesmo que isso lhe apresente um problema, não titubeie, faça o que essa dependência impõe. Espere o final da história, Deus já cuidou de tudo.


sábado, 19 de setembro de 2020

11 anos sem o Pr. Fanini

19 de setembro é o dia que marca a despedida do maior evangelista de massa do Brasil!

QUEM FOI NILSON DO AMARAL FANINI

Pastor Nilson do Amaral Fanini nasceu em Curitiba, Paraná em 18 de março de 1932, filho dos imigrantes italianos Olympio Fanini e Cecy do Amaral Fanini. Ainda jovem, aos 12 anos de idade, aceitou a Cristo como seu Senhor e Salvador após um apelo do pastor David Gomes durante uma série de conferências na capital do Paraná. Foi batizado no mesmo ano de 1944. Na juventude, enquanto servia nas forças armadas, sentiu que Deus desejava dele um compromisso ministerial. O jovem Fanini decidiu então fazer o Seminário Menor no Instituto Teológico A.B. Deter, em Curitiba. Posteriormente, seguiu para o Seminário Teológico do Sul do Brasil (STBSB), onde completou o curso de bacharel em Teologia no ano de 1955, quando tinha 23 anos.

Ele foi consagrado ao ministério da Palavra em 24 de novembro de 1955 na Igreja Batista da Tijuca (RJ), que era então pastoreada pelo pastor Oswaldo Ronis.  Foi pastor itinerante no norte do estado do Paraná por um período. Nos Estados Unidos da América fez em 1958 o mestrado no Southwestern Baptist Theological Seminary, em Fort Worth, estado do Texas.

Casou-se com Helga Kepler (foto ao lado) em 1958, e com ela teve os filhos Otto, Roberto e Margareth, que residem nos EUA. Além da carreira teológica era bacharel em Ciências Jurídicas pela Universidade Federal Fluminense (1969), e cursou a Escola Superior de Guerra em 1981.

Esse líder Batista pastoreou três igrejas em 54 anos de ministério, a Primeira Igreja Batista de Vitória até 1964, ano em que assumiu a Primeira Igreja Batista de Niterói (PIBN), sucedendo o Pastor Manoel Avelino de Souza. Foi presidente e pastor titular dessa igreja por 41 anos, sua administração foi marcada pelo crescimento da PIBN, que cresceu de 740 para aproximadamente oito mil membros, de 1964 a 2005. 

Pr. Fanini recebendo no Maracanã o ex-presidente do Brasil,
o General João Batista de Figueiredo

Tornou-se referência no meio cristão, e tinha bom trânsito no meio político (teve audiências com todos os presidentes brasileiros desde Geisel) e tinha passaporte diplomático emitido por Fernando Henrique Cardoso. Sob sua direção a PIBN apresentou um grande destaque no meio evangélico brasileiro

Por 14 vezes presidiu a Convenção Batista Brasileira, fundou e foi o reitor do Seminário Teológico Batista de Niterói, (adjacente à sede da igreja), em 1984; criou um projeto nacional para imprimir e distribuir 25 milhões de Bíblias no Brasil; criou e manteve um programa evangélico de televisão e fundou o Reencontro Obras Sociais e Educacionais - uma organização de serviço social – do qual foi presidente por 35 anos, que incluía orfanato, ambulatório, 19 clinicas médicas, ambulâncias moveis para transportar grávidas pobres e escola técnica de dois anos. Apresentava um programa de mesmo nome em 146 emissoras de TV do Brasil e 10 nos EUA.


Pr. Fanini, Dona Helga e ex-presidente americano Bill Clinton

Pastor Fanini foi presidente da Aliança Batista Mundial, de 1995 a 2000. Antes de sua eleição como o segundo presidente latino-americano da Aliança Batista Mundial (ABM), Pr. Fanini foi vice-presidente e membro do Conselho Geral, do Comitê Executivo de Evangelismo e Educação, e do grupo de trabalho de evangelismo da ABM.

A PIB de Niterói organizou as seguintes igrejas durante o ministério do Pastor Fanini: 

Igreja Batista de São Francisco – em 21/06/1969;

PIB de Itaipú – em 22/03/1975;

Igreja Batista do Barreto – em 28/06/1975;

PIB Central Nuclear em Angra dos Reis – em 04/03/1983;

Igreja Batista Betel de Friburgo – em 16/09/1989;

Igreja Batista Nova Jerusalém, Santa Rosa – em 07/10/1989;

Igreja Batista Ilha da Conceição – em 18/11/1989;

Igreja Batista Betel de Paraíba do Sul – em 02/12/1989;

Igreja Batista Boa Vista – em 31/03/1990;

Igreja Batista Central de Saquarema;

Igreja Batista em Jaconé;

Igreja Batista no Boqueirão;

Igreja Batista Nova Canaã (Inoã)

Igreja Batista em Beira Mar (Caxias).

Após o pastorado na PIB Niterói, ele fundou a Igreja Batista Memorial de Niterói em 2005, Deus concedeu o seu desejo de “ficar em pé no púlpito até o último dia da minha vida”. A Igreja Memorial tinha uma membresia de aproximadamente 600 pessoas por ocasião de sua morte.

Ao chegar aos EUA em 11 de setembro de 2009 para visitar a família e conhecer a neta mais nova Natali, Pr. Fanini sentiu-se mal e foi hospitalizado. No dia 12 foi diagnosticada pneumonia no Hospital Metodista de Bedford, Dallas, Texas. No dia 16 de setembro sofreu um forte AVC, que afetou várias partes de seu cérebro, entrando em coma logo em seguida. Segundo o blog da Igreja Batista Memorial, ele teve morte cerebral confirmada no dia 18. Após a família decidir por desligar os aparelhos, teve a morte oficialmente declarada no dia 19, às 06h46min (horário de Brasília). Seu corpo foi cremado nos EUA, e suas cinzas foram trazidas ao Brasil para homenagens póstumas.

Fonte de Pesquisa: Diversas.

Texto extraído da página do Facebook "Tributo ao Pr. Fanini".


quinta-feira, 17 de setembro de 2020

Cada dia - VII


O relacionamento diário com o Senhor e o exercício da crescente dependência dele produz a ousadia. Ousadia é coragem. Não se trata de coragem humana, normalmente escorada em segurança discutível, em força física ou poder sustentado pela função e condição social. É uma coragem interior. Sua maior virtude não é partir para a briga, é confiar que Deus está aplainando o caminho e nenhum inimigo é capaz de deter o que na eternidade Ele planejou.

O relacionamento com Deus, na dependência diária do Espírito Santo, fará da pessoa frágil um gigante corajoso. Como aconteceu com Davi. O temido gigante pelo povo inteiro de Israel tornou-se um pigmeu diante do menino guerreiro, pois ele foi “em nome do Senhor dos Exércitos”. Observando bem todo o cenário, verá que o dócil harpista declarou: “O Senhor me livrou de um urso, de um leão, me livrará de você!”.


Não pense que a coragem baixará miraculosamente e, num abrir e fechar de olhos, você enfrentará todos os inimigos que a vida apresenta. Você está com medo? Comece um relacionamento com o Senhor e, cada dia, diariamente, se apodere da força do Espírito.

quarta-feira, 16 de setembro de 2020

Cada dia - VI

Outra consequência da dependência de Deus é a experiência de sentir-se em paz. Paz interior. Paz que independe do que acontece à volta. Paz que, na linguagem de Paulo escrevendo aos filipenses, “excede todo o entendimento”.

É a paz que se instala na pessoa, acalma a alma e num crescente norteia a caminhada independentemente do que acontece à volta. Como lembra o poeta, “essa paz que sinto em minha alma, não é porque tudo me vai bem”.

Não se trata de uma paz adquirida numa experiência sacrificial humana, mas na total entrega da vida a Deus e na persistente caminhada com ele dia a dia. Não é adquirida com uma declaração decorada e repetida nos momentos em que enfrentar adversidades. Não é encontrada na leitura de um livro ou no cumprimento de um ritual aprendido.

É relacionamento experimentado com o Senhor da paz, que assegura: “digo essas coisas para que em mim tenham paz; no mundo, terão aflições” - João 16.33. Uma paz incomparável: “Deixo-lhes a minha paz, a minha paz dou a vocês, não se turbe o seu coração” - Joao 14.27.

terça-feira, 15 de setembro de 2020

Cada dia - V

A dependência de Deus trará como consequência o abandono da murmuração e a instalação da maturidade na lamentação dirigida a Ele. E mesmo no meio da lamentação, acontecerá a celebração da experiência, aceitando que Deus “faz com que tudo contribua para o bem” - Romanos 8.28.

A dependência do Senhor gera confiança plena. Não uma confiança produzida pelos lábios, normalmente quando tudo estiver bem. É a confiança que Deus está cuidando e trabalhando em todos os pormenores “e até os fios de cabelos de nossa cabeça estão contados” - Lucas 12.7.

Não se trata de uma confiança desconfiada. É uma experiência que se confirma com o tempo e o salmista expressou com clareza: “Fui moço e agora sou velho, mas nunca vi um justo desamparado e nem a sua descendência a mendigar o pão” - Salmo 37.25.


Não se apavore com as adversidades da vida. A realidade da confiança plena em Deus é uma experiência vivida a cada dia. Cada dia. Deposite hoje sua confiança em Deus e não desista. Daqui a muitos anos, você verá o resultado.

segunda-feira, 14 de setembro de 2020

Cada dia - IV


Há uma diferença entre lamentar e murmurar. 

Lamento é expressão de uma dor que está machucando. E é muito possível que seja percebido por todos em função do drama e do choro intenso. 

Murmuração é articulação engenhosa de insatisfação e ingratidão. Normalmente é praticada, como dizem os antigos, entre os dentes, em tom baixo. Não há motivação verdadeira. 

O lamento, normalmente, é dirigido a Deus ou a alguma crença que a pessoa desenvolve e é uma espécie de pedido de socorro. A murmuração é apresentada ao homem como rebeldia. É o chorar de barriga cheia.

Deus não se irrita com nosso lamento. Mas é bem possível que se irrite com nossa murmuração. Um problema com o lamento é sua duração. Lamentar o tempo todo pode pavimentar estrada para a murmuração. 

Ao povo de Israel, em que muitos insistiam na murmuração, Deus dirigiu palavras duras e sugeriu o abandono. 

A caminhada está difícil? Lamente diante de Deus. Evite murmurar. “O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã” - Salmo 30.5.

domingo, 13 de setembro de 2020

Pr. Roberto Silvado fala sobre a PANDEMIA


"Quando tudo isto passar, e passará, a igreja pós pandemia será uma igreja presencial-online" 

Ele é pastor da Igreja Batista do Bacacheri em Curitiba, PR, desde 1988, liderando com a comunidade eclesiástica um projeto de relevância e grande alcance espiritual e social numa das mais importantes capitais do Brasil. Foi Vice- presidente Aliança Batista Mundial (2015-2020), é professor da Faculdade Teológica Batista do Paraná (Evangelismo, Crescimento de Igreja e Liderança), é Vice-presidente do Lar Batista Esperança, Curitiba, PR, organização que acolhe menores abandonados. 

É, também, docente internacional do Instituto Haggai, que treina líderes dos países emergentes para a evangelização dos povos. Foi professor visitante do Baptist Missionary Society para lecionar em escolas batistas na Grã-Bretanha (London, Oxford, Cambridge, Birmingham, Cardiff, Bristol) e é representante da Convenção Batista Brasileira na Aliança Batista Mundial. 

Por quatro mandatos, presidiu a Convenção Batista Brasileira. Com formação de Engenheiro Mecânico pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), atendeu ao chamado de Deus e se preparou especificamente para a tarefa com a seguinte formação: Bacharel em Teologia pelo Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil, Rio de Janeiro, RJ, Mestre em Divindade e Doutor em Ministério pelo Southwestern Baptist Theological Seminary, Fort Worth, TX, EUA. 

O entrevistado desta semana vem de Curitiba e é o reconhecido líder batista Luiz Roberto Silva, que é casado com Hedy Silvado (odontóloga/tradutora/intérprete), pai de dois filhos Fernando (casado com Yvia) e Eloísa (casa com Filipe) e avô do Matheus e do David.

Pandemia: Em algum tempo imaginava experimentar algo desse porte? 

Nunca. Vivemos o que outras gerações viveram no passado com as grandes guerras e pandemias. Desde o começo da igreja cristã, ela tem enfrentado desafios semelhantes a este. 

Sua viagem aos Estados Unidos e impossibilidade de voltar. Como viveu essa realidade? 

Foi muito frustrante mudar planos, ser impossibilitado de estar aqui próximo ao povo que sirvo. Graças a Deus não estava em um hotel, mas na casa de meu filho e com meus netos. Conviver dois meses com eles foi um presente. Quem é avô entende o que falo. Mas existe um momento em que a nossa casa, nosso canto faz muita falta. Meu grande receio era voltarmos aos cultos presenciais e eu estar nos EUA.  Felizmente o contato online nos permitiu dar prosseguimento ao ministério ajustando fuso horário. Sou muito grato pela equipe ministerial que temos na Igreja Batista do Bacacheri, que enquanto eu estava fora do país serviram de forma incrível e garantiram que o povo de Deus fosse pastoreado adequadamente. 

O irmão temeu por algo muito pior?

Não. Creio que as informações da mídia, bem filtradas, e o fato de ter três médicos na família me auxiliaram a ter uma percepção da realidade mais adequada. Criamos uma equipe de gestão e prevenção da crise do vírus em nossa igreja que tem nos ajudado até hoje nas tomadas de decisão. Temos pessoas da segurança pública e médicos neste grupo de trabalho. 

Eficientemente ou não, todos tiveram que aprender na marra pastorear, administrar Igreja. Mas como será o pós-pandemia? 

O mundo voltará a ser como era em muitos aspectos, porque continuaremos a ser humanos com as mesmas necessidades e aspirações. Porém ao mesmo tempo o mundo não será mais o mesmo, pois nós fomos modificados de maneiras que ainda não conseguimos perceber. Costumo dizer que "fomos digitalizados pela pandemia." Fomos treinados a nos relacionar pela telinha e descobrimos que é possível conversar, rir e chorar virtualmente. É possível relacionar-se significativamente online. Grandes paradigmas foram quebrados e novos paradigmas construídos. 

Que lições práticas devem ser tiradas dessa experiência? 

Quando tudo isto passar, e passará, a igreja pós pandemia será uma igreja presencial-online. Não mais poderemos olhar para aqueles que vivem a experiência cristã online como párias da igreja cristã. Precisaremos ministrar aos seus corações ajudando-os a crescer na fé. 

O Brasil como um todo falhou em alguma área no trato com a pandemia? 

Certamente falhou como todos os países falharam, todos os governos falharam nos níveis municipais, estaduais e federal. Certamente todas as organizações falharam no trato dos funcionários, igrejas falharam, denominações falharam, ONGs falharam, indivíduos falharam, famílias falharam, pessoas falharam, eu e você falhamos. Como trocar o pneu com o carro andando sem perder pelo menos uma das porcas? Certamente algumas áreas erraram mais que outras, as liderar neste período tem sido muito difícil, pois não existe um "plano de voo", experiências anteriores confiáveis para ser referência. Dependemos da misericórdia de Deus e apenas da misericórdia de Deus, aquela que se renova a cada manhã.

Sua liderança denominacional mundial é reconhecida por todos. Em sua visão, a vida denominacional, e em nosso caso batista, sofrerá grandes mudanças?

Como todas as organizações precisaremos aproveitar este momento para crescer e nos tornarmos relevantes para o mundo novo que emergirá da pandemia. Muito do que fazíamos impresso, presencialmente, será virtual. Assembleia virtual da Convenção Batista Brasileira acontecerá pela primeira vez. Por que não continuar realizando assim? Presencial e online? Convenções estaduais buscando relevância online? Nossos seminários, ao invés de estar fisicamente em três localidades, estarem em todos os estados virtualmente com polos de ensino. Não precisamos mais de grandes áreas físicas e dispendiosas para ensinar as novas gerações de pastores. Precisamos de bons professores, bons mentores locais e estúdios de gravação das aulas. Grande paradigma a ser mudado.

Sua mensagem final:

Desafio a mim e a todos nós batistas para aceitar o novo mundo que emerge da pandemia. Nós sempre valorizamos e amamos missões. Neste novo mundo, mais do que nunca, precisaremos investir financeiramente no mundo virtual, mídias sociais como a maneira de alcançar o Brasil e o mundo que tem um celular na mão e a disposição para ver vídeos, ouvir músicas, ler mensagens. Grande paradigma missionário a ser mudado!

Cada dia - III

Moisés é categórico e informa ao povo: “vocês verão a glória do Senhor, porquanto ouviu as suas murmurações; pois, quem somos nós para que murmurem contra nós?”. A seguir, completa: “As suas murmurações não são contra nós, e sim contra o Senhor” - Êxodo 16.7-8. 

Toda murmuração é contra Deus. Na imaturidade humana, o filho pensa que murmura contra os pais. A esposa contra o esposo, o esposo contra a esposa. O empregado contra o patrão. O cidadão contra o governante. A ovelha contra o pastor. Mas, essencialmente, embora seja lançada ao semelhante, é contra Deus. Isso porque Deus é o que dirige toda a história e permite ou não essa ou aquela experiência. 

Deus ouve a murmuração para atender como fez com o povo de Israel, fez chover maná do céu. Deus ouve a murmuração para confrontar amorosamente. Quando a murmuração avança para a rebeldia, Deus age com juízo. 

A melhor atitude ao experimentar a adversidade é descansar no Senhor que, a cada dia, cuida de todos os pormenores de nossa caminhada. Faça um exercício: não murmure hoje, descanse em Deus.

sábado, 12 de setembro de 2020

Cada dia - II

Êxodo 16.2 afirma que “toda a congregação murmurou contra Moisés e Arão no deserto”. 

A prática da murmuração revela um sintoma muito grave: a falta de dependência de Deus. E era exatamente isso que o povo revelava. 

A prática da murmuração apresenta em seus desdobramentos ingratidão, arrogância e imaturidade. 

Ingratidão porque, ainda que a vida apresente desconforto, o fato de enfrentar aquele momento é sinal de que há consciência, há disposição e não reconhecê-lo como produtivo é uma ofensa a Deus. 

Arrogância porque, implicitamente, se afirma que se estivesse no comando a história seria outra. Em outras palavras: quem comanda, comanda mal. 

Imaturidade porque em nada diminuirá o problema nem criará ambiente emocional para vencê-lo. É um desperdiçar de energia com o que nada ajudará. 

Aparentemente a murmuração apresenta um quadro de sofrimento muito grande e até injusto, mas no fundo é revelação de uma força pequena que não descansa na fortaleza que é o Pai Eterno, fonte de fortalecimento para enfrentar as batalhas da vida.

Cada dia - I

O povo de Israel acabara de experimentar o milagre da passagem pelo Mar Vermelho. Está no deserto e impiedosamente levanta uma murmuração contra Moisés e Arão, acusando-os de terem os levado até ali para morrer de fome, quando no Egito tinham carne e pão à vontade. Deus age: “O Senhor Deus disse a Moisés: Agora eu vou fazer chover do céu pão para vocês. E o povo deverá sair, e cada um deverá juntar uma porção que dê para um dia. Assim eu os porei à prova para saber se eles vão obedecer às minhas ordens” - Êxodo 16.4 - Nova Tradução Linguagem de Hoje. A ordem era clara: cada um deveria apanhar uma porção que desse para um dia. O prazo de fabricação e de validade era o mesmo, um dia. Todo dia teria disponibilidade e todo dia a validade vencia. Quem desobedecesse apanhando mais, experimentaria a triste de ver o produto apodrecer. Deus é capaz de cuidar de todos com provisão diária. Ele quer nos ensinar a dependermos d’Ele cada dia. Planeje o dia de amanhã, mas não se preocupe com ele, Deus está provendo se ele acontecer para nós.

quarta-feira, 2 de setembro de 2020

Pr. Jorge Bezerra: “Os números de mortos divulgados na pandemia não espelham a verdade em muitos aspectos”.

Pr. Jorge de Oliveira Bezerra

Ele foi consagrado ao ministério na Primeira Igreja  Batista de São Paulo pelo Pr. Dr. Irland Pereira de Azevedo no dia 13 de janeiro de 1979. Completou neste ano de ministério pastoral 41 anos

Por 10 anos foi pastor da Primeira Igreja Batista de Nilópolis - RJ, assumindo o desafio de pastorear um grupo de brasileiros na cidade de Boston, estado de Massachusetts, organizando a Primeira Igreja Batista Brasileira da Grande Boston, sendo a primeira igreja Batista Brasileira a adquirir seu templo próprio, com a compra de um Seminário Católico - Society of Jesus of New England. Por nove anos dirigiu a Igreja, assumindo logo depois, como pastor auxiliar, a Glendale Missionary Baptist Church, no Sul de Miami, e plantador de Igreja da Flórida Baptist Convention

 


Por residir 20 anos na América do Norte, recebeu a cidadania Americana. Fez Mestrado em Teologia - com especialidade em Urban Ministry. É reconhecido como um dos fundadores da AIBBAN - Associação das Igrejas Batistas Brasileiras na América do Norte. Em 2011, retornou ao Brasil.

Atualmente, pastoreia a Primeira Igreja Batista de Filadélfia, uma comunidade que exalta o nome de Jesus por 118 anos. É com o pastor Jorge de Oliveira Bezerra que teremos nesta entrevista as impressões da pandemia.

Como o pastor está experimentando esse momento de Pandemia?

Este tempo de pandemia tem sido uma experiência única e desafiadora quando tive que redesenhar, repensar, buscar novas estratégias e depender muito mais de Deus. Jamais trabalhei intensamente tanto como pastor. Apesar de ter a idade do grupo de risco, não houve um dia que não saísse com todas as cautelas. Fui à luta e até aqui estou rompendo em fé o mar vermelho da pandemia mundial.

No início nos meses de março e abril foi extremamente difícil, mas tenho visto um Deus vivo atrás de mim e adiante de mim.

Como está sendo vivenciado esse tempo na cidade de Salvador e no estado da Bahia?

Estamos no protocolo 2 aqui na capital e creio que vamos para o protocolo 3 em setembro. Temos duas lives, cultos on line, por semana, quinta-feira e domingo. Temos investido cada vez mais no ministério de multimídia, note-books, compra de equipamentos e câmaras etc.

Temos uma presença 4 vezes ou mais nos cultos virtuais, principalmente na quinta. Aos domingos, no culto on line pela manhã, temos tido uma média dia 170 pessoas presencial e cerca de 6 vezes mais de pessoas acompanhando os cultos on Line e muitos compartilhamentos após o culto.

O alvo de Missões Mundiais ultrapassou. Os dízimos e ofertas caíram entre março até maio e depois tivemos uma boa reação.

Desde maio, a convite da assembleia legislativa da cidade de Salvador e prefeitura faço parte do gabinete de crise, discutindo os protocolos e várias situações pontuais daqui de Salvador

Pr. Jorge Bezerra e sua esposa Aidinete
O irmão que se dedica ao estudo da Escatologia, como interpreta esse momento da Pandemia? Podemos relacionar os eventos?

Não estamos vivemos os últimos dias e, sim, os últimos minutos do “kronos” de Deus para a humanidade. Os últimos dias começaram com o cumprimento da maior revelação escatológica feita por Deus. Deus revelou aos patriarcas e profetas que Jesus CRISTO, o Messias prometido, viria e veio. O segundo Adão, o verbo se fez carne e habitou entre nós. Este foi o maior milagre de Deus manifesto e ao mesmo tempo a maior demonstração de amor de Deus a humanidade. O Criador se tornou criatura, o Senhor se fez servo e foi obediente até a morte e morte de cruz. Jesus veio, morreu e ressuscitou e durante sua vida entre nós, como Emanuel, disse o tempo todo que voltaria para buscar os seus com poder e glória. Voltará para julgar os vivos e mortos e estabelecer seu Reino.

Sim, estamos vendo o “escatom” de Deus se cumprindo há algum tempo e a pandemia mundial é um megafone de Deus nocauteando toda presunção e vaidade humana e reduzindo a nada aqueles que pensam que são alguma coisa. Está começando uma nova ordem no universo e as profecias escatológicas no Novo Testamento e nas epístolas de Paulo, Pedro e, principalmente, as revelações de Jesus Cristo ao apóstolo João na ilha de Patmos - o Apocalipse - está se cumprindo de maneira muito clara. Como estudante há muito tempo de todo material escatológico das Sagradas Escrituras, que encontramos desde o livro de Gênesis, vejo claramente uma escatologia já cumprida, outra se cumprindo e as grandes promessas do desfecho deste universo que em breve se cumprirá.

Quem não despreza o “escatom” de Deus tem as lentes para fazer a leitura correta destes tempos difíceis no qual estamos inseridos para a grande tribulação, que apenas está se despontando. Está começando uma era anti-Cristo e os homens estão trocando a verdade pela mentira e, por esta razão, começa a OPERAÇÃO DO ERRO, como diz o apóstolo Paulo escrevendo a igreja em Tessalônica.


Em sua leitura, Deus está querendo dizer alguma coisa à humanidade?

Sim, claro. Deus, sempre antes de trazer o juízo, envia suas advertências e sinais para que haja arrependimento e muitos possam se salvar. A pandemia é um alarme divino soando, nos convidando para que voltemos a estudar as Escrituras, abastecer nossas lâmpadas, pois o Noivo está chegando.

Uma reação comum a praticamente todos na pandemia é o medo? Você experimentou o medo? Por que as pessoas ficaram com medo?

O medo é normal em situações quando você não tem o controle absoluto. O medo tem sido potencializado por uma mídia comprometida com seus interesses velados. Temos um bombardeio de notícias travestidas de jornalismo que tem sido um fator para adoecer emocionalmente a população.

Eu senti não medo, mas percebi bem de perto minha vulnerabilidade e muita tristeza de ver amigos, alguns colegas e irmãos em Cristo partirem neste tempo. A minha esperança em Cristo é saber que o alto trono do universo não está vazio e sim tem alguém sentado no comando deste mundo. A história não está à deriva. Em Apocalipse 4, Deus abre a porta do céu e nos convida a subir e ver a Sala de comando de todo Universo.

Quando o irmão responder as perguntas, o Brasil estará alcançando a triste marca de 110 mil mortos. O Brasil como um todo - governos federal, estadual e municipal - falhou em suas ações?

Em relação ao número de mortos durante a pandemia, os números divulgados não espelham a verdade em muitos aspectos. Aliás, jamais vimos tanta desinformação e tantas informações contraditórias. Ninguém é especialista em pandemia, entretanto apareceu de uma hora para outra os “entendidos de tudo, dando conselho para tudo e criticando tudo.

O Brasil é um país continental e comparar o número de mortos dos países da Europa com o Brasil é um verdadeiro absurdo. Os países da Europa são do tamanho e alguns muito menor do que nossos estados. Outro aspecto é que se o presidente Bolsonaro fosse ouvido em fevereiro, os governadores deveriam ter cancelado o carnaval deste ano, pois se trata de uma festa que atrai milhões de turistas estrangeiros para o Brasil e se trata de uma festa com mega aglomeração. Foi uma estupidez.

Outro aspecto é que as desigualdades sociais são enormes e uma grande parte da população não tem menor condição de ficar em casa. Vivem em pequenos cubículos, onde mal cabe dois e vivem cinco ou mais. Sem condições financeiras, sem conforto etc. A campanha “Fique em casa” é muito fácil para a classe média e rica. Muita hipocrisia. Também, um sistema de saúde sucateado fruto de 16 anos de desgoverno.

O presidente e seu ministério fizeram e vem fazendo um esforço hercúleo nesta pandemia para minorar o sofrimento e o agravamento advindo do problema econômico, pois retirou mais de 30 milhões de brasileiros da invisibilidade.

Lamentavelmente, houve muitas mortes, mas já está provado que a maioria aconteceu porque tinham doenças pré-existentes e de pessoas de avançada idade. Há muitos que não morreram por Covid e foram incluídos por motivo político e interesses escusos de governadores e prefeitos. Muita notícia e informação travestida de ciência também tem sido um fator para aumentar o pânico e os achismos diários nos noticiários e nas redes sociais.

Considerações finais:

Espero que muito em breve as vacinas sejam disponibilizadas para todos e assim possamos voltar ao novo normal sem muitos protocolos. Que possamos ir à igreja, aos cinemas, estádios, praias e viajar sem problemas algum. O mundo jamais será o mesmo e espero que saiamos mais humanos e mais tementes e dependentes de Deus. Deixemos de correr atrás do vento e valorizemos muito mais nossos relacionamentos do que as coisas. Que tenhamos sabedoria para separar o essencial do acidental e assim refazer nossa agenda vivencial. Deus nos conduza em triunfo para que saiamos sobrevivente e vitoriosos desta pandemia.