sexta-feira, 25 de abril de 2025

Primeiro, o prefeito; depois, o pastor.*

O ambiente é o majestoso ginásio esportivo da PIB de Nova Iguaçu. O programa, 94ª Assembleia da Convenção Batista Fluminense. Noite de abertura oficial. Várias autoridades são apresentadas e informados somos que o prefeito da cidade está para chegar. O programa se desenvolve com a apresentação solene de belos hinos com o Coro da PIB de Nilópolis. O presidente orienta o cântico do hino 304 CC e a mensagem a seguir, precedida da apresentação do pregador, Pr. Dine René Lota, pelo Secretário Geral, Pr. Sócrates de Oliveira. O hino é cantado efusivamente como é costume dos batistas.

Para surpresa geral, após o encerramento do hino, um dos vices se dirige ao microfone, informa a chegada de Sua Excelência, o prefeito municipal, passa-lhe a palavra, informando que todas as portas da prefeitura estiveram abertas para a realização do evento Não sabemos, exatamente, que significa portas abertas para a realização do evento, mas tudo bem. 

Sinceramente, não sou contra conceder a palavra à autoridade municipal e o caso em destaque mostrou um prefeito sensato, falou pouco, não fez propaganda política, limitando-se a dirigir palavra de saudação. Mas, daí a alterar o já anunciado para privilegiar um prefeito, é muito para qualquer pessoa sensata.

Primeiro, o prefeito; depois, o pastor. Esse é um dos grandes problemas nossos. A começar por nós, pastores. Depois, lamentamos o desrespeito que reina em muitos lugares sobre a figura do pastor.

Primeiro, o prefeito, depois, o pastor. Aquele tem uma palavra urgente, este uma que pode ser esperada. Afinal, estamos tão acostumados com ela.

Primeiro, o prefeito, depois, o pastor. Prefeito tem agenda cheia, pastor está sempre desocupado. Aliás, uma de suas primeiras palavras foi se desculpar pelo atraso (já viu político chegar no horário em algum lugar?), pois estava cheio de compromissos, como se todos que estavam ali, inclusive os pastores, nada tivessem para fazer.

Primeiro, o prefeito, depois, o pastor. Prefeito não pode esperar, pastor pode. Pode ser que alguém tenha que sair e, se perder a mensagem, não há problema, mas a palavra de Sua Excelência ninguém pode deixar de ouvir.

Primeiro, o prefeito, depois, o pastor. Prefeito estudou muito, é bem formado, intelectual e, ao falar, despeja uma série de conhecimentos e sabedoria sobre o povo. Pastor, coitado, não estuda, tem QI de azeitona.

Não tenho intenção de criticar por criticar. Nem tenho qualquer predisposição contra os políticos. Sou bem recebido pelo prefeito de minha cidade, sua família é querida por mim, tenho amigos políticos e a ciência política pulula em minhas veias. Apenas, desejo colocar as coisas no devido lugar. Anunciar o pregador, cantar um hino e depois alterar para ouvir um politico é atitude impensada. É prestigiar um incrédulo e desprestigiar um crente e pastor. É dar oportunidade para que crentes concluam que ser pastor é ser menor que político e, talvez por isso, vários de nós têm caído no canto de cisne dos apelos políticos e dividido a tribuna com o púlpito. Lembro-me que o pastor Fanini, falando a respeito de um pastor que se candidatou nas últimas eleições, questionou: "Como votaremos num pastor? Vamos trabalhar para que um púlpito fique vazio? Lugar de pastor é no púlpito!”.

É uma pena. Sou dos tempos em que ouvia meu pai dizer "Pastor é a maior autoridade no mundo". Eu, que nem pensava em ser pastor, o ouvia afirmar isso. Cresci, não muito em meu 1,64, ouvi outros seguindo na mesma direção: "Ser pastor é coisa séria!”. Continuo pensando assim, pois um incidente não pode macular os propósitos d’Aquele que salva, chama e sustenta o pastor.

Para que esta crônica não termine negativamente, registro: veio o sermão logo após o prefeito. Que mensagem! Merece ser publicada, impressa e distribuída para que milhares de crentes sejam abençoados como fomos e reflitam sobre a necessidade de estarmos preparados para responder.

*Esta crônica está próxima de completar 23 anos, o fato aconteceu em julho de 2002.

terça-feira, 15 de abril de 2025

Superando as adversidades - XV

A adversidade é uma boa oportunidade para praticar o que não é correto. Alguns, inclusive, confundem ter recebido uma bênção no meio da adversidade, tornando o fardo mais leve, mas, quando se conhece de fato, na verdade, é uma armadilha para a prática do que é incorreto, tendo como pano de fundo sua momentânea necessidade. Alguns, inclusive, assumiram como conduta o famoso jeitinho brasileiro. Para estes, a leitura do livro “Dando um jeito no jeitinho” seria uma boa pedida. O autor é o Pr. Lourenço Stelio Rega, Diretor da Faculdade Teológica Batista de São Paulo.

Veja que lição: “Tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai” - Filipenses 4.8. E o apóstolo não para por aqui. Acrescenta: “O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso fazei; e o Deus de paz será convosco” - verso 9.

Ainda que a dor se acentue e o sofrimento aumente, não tente diminuí-los com práticas condenáveis, confie que a nuvem amedrontadora passará. Como afirma Paulo, “o Deus de paz será com você”.

Quer superar adversidades? Não negocie valores éticos.

segunda-feira, 14 de abril de 2025

Superando as adversidades - XIV

Filipenses 4.6-7 registra: “Não estejam inquietos por coisa alguma; antes as suas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica, com ação de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os seus corações e os seus pensamentos em Cristo Jesus”.

Que recurso você usa para superar uma adversidade? É muito comum encontrarmos pessoas que confiam plenamente em outras pessoas por causa do poder que detém naquele momento. Outras pessoas confiam em sua habilidade de solucionar problemas, na experiência adquirida ao longo dos anos e até na sua capacidade para suportá-los. 

É verdade que tudo isso pode ajudar, mas Paulo é categórico no recurso que deve ser usado: oração. E ele destaca: não estejam inquietos por coisa alguma, entreguem tudo a Deus em oração. Quem faz isso desfruta da paz de Deus, que excede todo o entendimento, e tem guardados os corações e os pensamentos em Cristo Jesus.

Quer superar adversidades? Confie tudo a Deus em oração, com gratidão.

domingo, 13 de abril de 2025

Superando as adversidades - XIII

Alegria é o tema central da carta aos filipenses. Há quem sugira, inclusive, que ela deveria se chamar “Carta da Alegria”. É marcante que, num total de 104 versículos, 16 vezes, dependendo da versão 17, a palavra alegria ou uma correlata aparece. Isso significa que a cada 7 versos, Paulo cita alegria. Como se fosse na música um refrão, um estribilho, um coro.

Como explicar alguém preso e sofrendo toda sorte de limitação expressar tanta alegria? Seria perfeitamente compreensível, do ponto de vista humano, entender suas lamúrias, reclamações e revolta. Mas não é o que Paulo ensina e pratica. 

Lembro-me de minha mãe que, mesmo em grandes lutas com enfermidades e outras, transmitia sempre alegria e encorajamento, nunca reclamava.

A alegria independe das circunstâncias externas. É um dos aspectos do fruto do Espírito ensinado por Paulo em Gálatas. Dr. Philips Keller, no livro Frutos do Espírito, argumenta que alegria é diferente de felicidade. Esta depende do que acontece com a gente, é de fora pra dentro. Aquela, não. É interior. É de dentro pra fora.

O versículo chave da carta é Filipenses 4.4: “Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo, alegrai-vos”. E é também marcante o advérbio presente: alegrai-vos sempre, não é esporadicamente, é sempre.

Quer superar adversidades? Mantenha sempre a alegria.

sábado, 12 de abril de 2025

Superando as adversidades - XII

Não é sem sentido que o momento atual da vida é chamado de presente. É um presente que recebemos. O que passou, passado. E o que virá, se vier, futuro. Mas tem gente que deseja viver o passado e o futuro no presente. Impossível. Apenas causará dor e sofrimento.

Veja que lição de Paulo: “Quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo...” - Filipenses 3.13-14.

Em outras palavras, não deixe o passado dominar você, viva o presente e tenha esperança no futuro.

O passado como motivação no presente pode trazer dois problemas: 1º - se foi bom, gerar um sentimento de presunção, autossuficiência. 2º - se foi ruim, um sentimento de baixa auto-estima. Nenhuma das situações é saudável. Ele deve ser visto como uma janela para evitar os mesmos erros e, com a experiência adquirida, prosseguir. É o que Paulo fazia.

Lembre-se o retrovisor só tem valor quando utilizado rapidamente enquanto avança. O motorista precisa olhar para a frente.

Quer superar adversidades? Não deixe o passado dominar você, viva o presente e tenha esperança no futuro.

sexta-feira, 11 de abril de 2025

Superando as adversidades - XI

Quais são seus valores e motivações na vida? Você sabe que tudo orbita em torno disso? Caso os valores e motivações forem incorretos e indignos, tudo na sua vida terá como consequência uma colheita ruim.

Veja o que Paulo diz em Filipenses 3.7-9: “Mas o que para mim era ganho reputei-o perda por Cristo. E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como escória, para que possa ganhar a Cristo, e seja achado nele, não tendo a minha justiça que vem da lei, mas a que vem pela fé em Cristo, a saber, a justiça que vem de Deus pela fé”.

Dependendo dos valores e motivações que temos, lutaremos por conquistas que nenhum valor apresenta. Investiremos tempo em assuntos e atividades que nada contribuem. Maximizaremos futilidades e minimizaremos conteúdos relevantes. Valorizaremos o ter e negociaremos o ser. Amaremos as coisas e usaremos as pessoas.

O que Paulo ensina nesse contexto é que ele tinha currículo, know-how, pedigree, mas o dia em que encontrou os valores e as motivações corretas jogou tudo para o alto. E seus valores e motivações, agora, tinham um nome, Jesus Cristo. Ele testemunha: “Mas o que para mim era ganho reputei-o perda por Cristo”.

Quer superar adversidades? Reavalie seus valores e suas verdadeiras motivações na vida.

quinta-feira, 10 de abril de 2025

Superando as adversidades - X

Objetivamente, empatia é a capacidade de sentir a dor do outro, experimentando os sentimentos e emoções de forma objetiva e racional, levando as pessoas a ajudarem umas às outras. 

Não é um comportamento fácil, sobretudo quando se enfrenta adversidades. E, mais uma vez, Paulo, no meio de uma dor, uma batalha, ensina como superar.

Atente para o que ele declara em Filipenses 2.24 em diante: “Mas confio no Senhor, que também eu mesmo em breve irei ter com vocês. Julguei, contudo, necessário mandar-lhes Epafrodito, meu irmão e cooperador, e companheiro nos combates, e seu enviado para prover às minhas necessidades. Porquanto tinha muitas saudades de vocês todos, e estava muito angustiado de que tivessem ouvido que ele estivera doente. E de fato esteve doente, e quase à morte; mas Deus se apiedou dele, e não somente dele, mas também de mim, para que eu não tivesse tristeza sobre tristeza. Por isso enviei mais depressa, para que, vendo-o outra vez, se regozijem, e eu tenha menos tristeza. Recebam-lhe, pois, no Senhor com todo o gozo, e tenham-lhe em honra; porque pela obra de Cristo chegou até bem próximo da morte, não fazendo caso da vida para suprir para comigo a falta de seu serviço”.

É impressionante como alguém preso é capaz de se preocupar com o outro e com uma Igreja, que está preocupada com ele. Isso é empatia. 

Ao enfrentar uma adversidade, lembre-se que outros também enfrentam suas lutas e você pode ser canal de bênção na vida dessas pessoas.

Quer superar adversidades? Sinta a dor do outro, mesmo que a sua seja muito intensa.

quarta-feira, 9 de abril de 2025

Superando as adversidades - IX

Murmuração é uma das mais eficazes atitudes para atrapalhar o testemunho. Se os cristãos entendessem, na prática, que as pessoas que se relacionam conosco precisam de afirmações de vida, palavras abençoadoras e conversas saudáveis, a murmuração não faria parte do cardápio diário. 

Paulo é objetivo em Filipenses 2.14: “Façam todas as coisas sem murmurações nem contendas”. E diz a finalidade no verso 15: “Para que sejam irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis, no meio de uma geração corrompida e perversa, entre a qual resplandeçam como astros no mundo”. 

Interessante é que a murmuração tem a capacidade de cegar a pessoa não a deixando enxergar as coisas boas da vida, focando apenas nos problemas que surgem. E eles seriam mais facilmente vencidos com atitudes de moderação, de silêncio, aguardando a nuvem escura passar para perceber a beleza dos raios solares que estão por trás.

Ao murmurarmos, tendemos a lançar culpa em Deus, que é o governante moral do universo, nas pessoas próximas, que estão sempre nos ajudando na caminhada, e até em nós mesmos, provocando a síndrome do fracassado.

Ao enfrentar uma luta, você pode escolher duas rotas: a murmuração ou aguardar em silêncio o final da história.

Quer superar adversidades? Não murmure, testemunhe. Você e as pessoas próximas sentirão melhor.

terça-feira, 8 de abril de 2025

Superando as adversidades - VIII

Basta uma adversidade para ficarmos desconcertados. Assim é o ser humano. Muitas vezes, dono e dona de si, no meio de um temporal, torna-se uma minúscula figura temendo pelo pior. O que antes era um leão ou leoa feroz torna-se um gatinho ou gatinha medrosa, procurando o lugar mais seguro para se esconder.

A certeza que Deus está no controle absoluto de tudo só é realidade para nós quando tudo está bem. Quando o dinheiro no bolso é certo. Quando o emprego está garantido. Quando os exames apresentam resultados favoráveis. Quando o cônjuge é gentil e quando os filhos estão em perfeita harmonia com os princípios que lhes apresentamos.

Paulo nos ensina que Deus está sempre no controle de tudo. Em Filipenses 2.13 declara que “Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade”. E que sua vontade é boa, mesmo quando as adversidades nos assaltam.

Sim, não é nada fácil enfrentar as lutas com serenidade. Mas é o melhor caminho. Escabelar-se, dar xiliques e chutar o pau da barraca não são atitudes de quem aprendeu que Deus é o senhor absoluto da situação. Ele trabalha incessantemente para o nosso bem.

Quer superar adversidades? Tenha consciência que Deus está no controle absoluto de tudo. E que é capaz de conduzir tudo para o nosso bem.

segunda-feira, 7 de abril de 2025

Superando as adversidades - VII

Farinha pouca, meu pirão primeiro, assevera a máxima egoísta. Cada um por si e Deus por todos, desde que primeiramente para mim, é atitude normal em nossa cultura e caminhada pessoal. Pensar no semelhante, principalmente quando se enfrenta adversidade, é tarefa árdua.

E é no meio de uma tormenta que Paulo ensina: respeite e valorize ainda mais o seu semelhante. 

Veja que preciosidade nos versos 3 a 5 do capítulo segundo de sua carta: “Nada façam por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo. Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros. De sorte que haja em vocês o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus...”.

Realizar sem interesse de glória pessoal, considerar o outro superior a si e interessar-se primeiro pelo que é do outro são atitudes muito distantes de nossa cultura e práticas pessoais. E muito difícil quando se enfrenta adversidade. Mas é assim que se demonstra maturidade.

Sua conduta tem sido de desrespeito e desvalorização do semelhante? Dê meia volta e comece uma nova caminhada, não permita que a adversidade tire esse brilho dos relacionamentos saudáveis.

Quer superar adversidades? Respeite e valorize ainda mais o seu semelhante.

domingo, 6 de abril de 2025

Superando as adversidades - VI

Filipenses 1 a partir do verso 21 registra assim: “Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho. Mas, se o viver na carne me der fruto da minha obra, não sei então o que deva escolher. Mas de ambos os lados estou em aperto, tendo desejo de partir, e estar com Cristo, porque isto é ainda muito melhor. Mas julgo mais necessário, por amor de vocês, ficar na carne”.

Quando temos valores eternos bem definidos em nossa vida, as adversidades tornam-se mais brandas. Não é preciso negá-las, nem ocultá-las, mas é como se informássemos a elas: “Meus valores não estão aqui, estão ali, logo ali, na eternidade”. É muito confortador perceber como Paulo declarava tais valores.

É na mesma sequência do texto, versículos 28 e 29, que ele afirma: “E em nada vocês espantem dos que resistem, o que para eles, na verdade, é indício de perdição, mas para vocês de salvação, e isto de Deus. Porque a vocês foi concedido, em relação a Cristo, não somente crer nele, como também padecer por ele”. 

No meio de uma adversidade podemos ter duas atitudes: olhar para a terra ou olhar para o céu. Reafirmar valores terrenos ou reafirmar valores eternos. Nós decidimos.

Quer superar adversidades? Reafirme sempre os valores eternos.

sábado, 5 de abril de 2025

Superando as adversidades - V

Uma das mais desastrosas atitudes no meio das adversidades é o julgamento precipitado. Com a capacidade de raciocínio afetada, tende-se a fazer juízos do que não existe e do que existe de maneira equivocada.

Paulo enfrentava a adversidade da prisão por pregar o evangelho genuíno e tem informações que outros não o faziam. Preste atenção na reação de Paulo, registrada no capítulo primeiro, versos de 15 a 18:

Verdade é que também alguns pregam a Cristo por inveja e porfia, mas outros de boa vontade; Uns, na verdade, anunciam a Cristo por contenção, não puramente, julgando acrescentar aflição às minhas prisões. Mas outros, por amor, sabendo que fui posto para defesa do evangelho. Mas que importa? Contanto que Cristo seja anunciado de toda a maneira, ou com fingimento ou em verdade, nisto me regozijo, e me regozijarei ainda.

Trilhar a estrada do lamento, da autocomiseração, da reclamação, seria algo perfeitamente compreensível e tentar desacreditar os outros, uma atitude natural. Pelo contrário, o apóstolo entende que juízos precipitados não levam a lugar algum. E ainda ensina que sempre tem algo positivo nas atitudes erradas das pessoas. 

Quer superar adversidades? Não faça julgamentos precipitados.

sexta-feira, 4 de abril de 2025

Superando as adversidades - IV

É muito fácil pensar que tudo acontece para o nosso bem quando as circunstâncias são favoráveis. Quando a situação é adversa, somos impelidos a tirar várias conclusões e nos esquecemos dessa verdade.

Paulo, não, ele tem consciência que tudo aconteceu com ele contribuía para o bem.

Veja o que ele diz nos versos 12 a 14 do capítulo primeiro: "As coisas que me aconteceram contribuíram para maior proveito do evangelho; As minhas prisões em Cristo foram manifestas por toda a guarda pretoriana, e por todos os demais lugares; Muitos dos irmãos no Senhor, tomando ânimo com as minhas prisões, ousam falar a palavra mais confiadamente, sem temor".

Era como se Paulo enfatizasse para eles: Saibam que tudo que acontece com a gente contribui para o nosso bem. Paulo tinha consciência que os acontecimentos em sua vida não eram obra do acaso e nem provocados por terceiros, fazia parte de um programa de amadurecimento.

Quer superar adversidades? Lembre-se que tudo o que acontece contribui para o nosso bem.

quinta-feira, 3 de abril de 2025

Superando as adversidades - III

Ler a carta aos Filipenses sem a informação da prisão de Paulo enquanto escrevia leva-se a concluir que ele estava em situação muito tranquila.

Após destacar que agradecia a Deus a vida dos filipenses, o apóstolo diz que ora por eles e apresenta o conteúdo de suas orações:

1º - que o seu amor cresça mais e mais em ciência e em todo o conhecimento;

2º - que aprovem as coisas excelentes; 

3º - que sejam sinceros, e sem escândalo algum até ao dia de Cristo;

4º - cheios dos frutos de justiça, que são por Jesus Cristo, para glória e louvor de Deus.

É inconcebível pensar em conteúdo desse tipo estando na condição em que se encontrava. Basta olhar as motivações de nossas orações hoje e perceber que estamos muito distantes de atitudes assim. Mas é dessa forma que mostraremos maturidade: ao orarmos no meio de adversidades, pensarmos em valores mais nobres.

Qual é o conteúdo de suas orações, principalmente quando você encontra ou enfrenta adversidades?

Quer superar adversidades? Apresente motivos de oração com valores eternos.

quarta-feira, 2 de abril de 2025

Superando as adversidades - II

Ainda que enfrentando lutas e privações, Paulo encontra motivos para gratidão. No capítulo primeiro, no terceiro versículo, lemos assim: “Dou graças, quer dizer, agradeço ao meu Deus todas as vezes que me lembro de vocês, fazendo sempre com alegria oração por vocês em todas as minhas súplicas”.

Há quem pense que a gratidão é uma atitude que se vincula a estar tudo bem e que só deve acontecer quando algo extraordinário se fizer presente. Não. Nossa maturidade será percebida exatamente quando formos capazes de agradecer, mesmo que a batalha ainda esteja em andamento.

E precisamos transportar da abstração para o concreto a realidade da gratidão. Como lembrou George Herbert, “A gratidão tem três formas: um sentimento no coração, uma expressão em palavras e uma dádiva em retorno”.

Não basta um sentimento, é preciso expressar. Mas, também, não bastam expressões em palavras, é preciso uma dádiva em retorno.

Você tem sido agradecido? A Deus? Às pessoas? Há alguém de seu relacionamento que você precisa demonstrar gratidão e ainda não fez?

Quer superar adversidades? Agradeça, independentemente das circunstâncias.

terça-feira, 1 de abril de 2025

Superando as adversidades - I

Quando escreveu a carta aos filipenses, Paulo encontrava-se preso. Quem a lê sem essa informação tem a impressão que o apóstolo desfrutava de momento tranquilo, que tudo corria bem e que não enfrentava qualquer problema. Sugere-se, inclusive, que ela deveria se chamar “A carta da alegria”.

Bem na introdução, Paulo dá uma carteirada, mostrando quem ele é e a quem pertence. O primeiro versículo registra assim: “Paulo e Timóteo, servos de Jesus Cristo...”.

Quem sou eu? Servo. A quem pertenço? Jesus Cristo.

A tendência do evangelho contemporâneo, em alguns arraiais, é iludir o homem com a ideia que ele tem alguma importância. Facilmente, se esquece de sua condição e assume o posto de senhor. “Sou filho do Rei” e “Sou cabeça e não cauda” são declarações que ocultam a verdadeira realidade, somos servos. Mas não somos servos de um rei humano. Paulo não era servo do imperador. Somos servos de Jesus. Isso faz toda diferença.

No meio de uma adversidade, é muito comum a tentação para esquecermos nossa identidade e nossa filiação. Sempre é tempo de resgatarmos tal verdade, “somos servos, Jesus é o Senhor”.

Quer superar adversidade? Saiba quem você é e a quem você pertence.