terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Renúncia do Papa - Opiniões - 7



   Pr. José das Neves
   Pastor auxiliar da Primeira Igreja Batista do Arraial do Cabo

A renúncia papal
A renúncia do líder do Papa Bento XVI pegou o mundo de surpresa, por ser uma decisão inédita. Na história do Vaticano, nunca um papa renunciou ao cargo de “Bispo de Roma” alegando ter idade avançada ou até mesmo por problema de saúde. Na verdade, a sucessão  papal é sinônimo que um papa morreu no posto.
Existem algumas considerações sobre esse assunto que só serão realmente analisadas pelos historiadores do futuro. Entre elas:
1. Como a igreja Católica vai reagir com a quebra de um dos principais dogmas -  a infalibilidade papal. Por que na verdade, com a renuncia, se está dizendo que ele não é (mais) infalível.
2. A existência de dois papas ao mesmo tempo – Vai haver uma dualidade dentro do Estado do Vaticano.  O papa é o único monarca absoluto que assume o cargo após uma eleição. E mesmo que Bento XVI se retire para um mosteiro, ele vai ser sempre uma sombra para  o próximo eleito.
3. Qual a postura que o novo mandatário irá ter. Bento XVI se caracterizou por ser um teórico dogmático, apoiando sempre os setores mais conservadores da igreja, o que se certa forma desagradava a ala progressista católica. Qual será a visão do futuro líder?
      Além disso, surge de novo a expectativa de um não europeu ser eleito e que implicância isso teria para o catolicismo, para as relações com as igrejas evangélicas (ditas protestantes) e para com o Islamismo.
     Para nós, líderes de igrejas, fica também uma lição. Ás vezes é tempo de parar. De deixar com que a igreja siga com novos rumos e novos líderes, pois assim como o papa, não somos infalíveis e nem eternos.

3 comentários:

  1. Obs. Onde se lê catocilismo, leia-se catolicismo.

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  2. Queridos, na verdade a decisão de Bento XVI em deixar o governo na igreja não foi única. Ao longo da história da Igreja Católica apostólica Romana, outros líderes Abandonaram seus postos por razões diversas. O Papa Ponciano - Em 235, Papa Bento 9º -Em 1045, Papa Celestino 5º - Em 1294, e o Papa Gregório 12 - Em 1415. Dentre esses, destacamos o Papa Bento 9º, que ocupou o governo da igreja em épocas diferentes: em 1032, em 1045, e em 1047, ano que foi deposto definitivamente. Com relação ao primeiro tópico da matéria, A infabilidade papal, a história prova que pela prática de desses líderes , esse dogma é uma heresiae que toda doutrina fundamentada na suficiência humana e falha, e portanto fadada a ruína.
    Um grande abraço.

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    1. De acordo com o texto, a decisão foi única sob a alegação de idade avançada ou enfermidade. De acordo com os historiadores, as demais renuncias se deram por motivos políticos, pressão interna e ou externa e busca da unidade da igreja. Quanto a infabilidade papal, concordo que esse dogma seja uma deturpação da Bíblia.

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