sábado, 30 de outubro de 2010

PARA NÃO CHORAR DEPOIS

Quem disse que crente não deve fazer política? Tirado das águas da miséria, Moisés fora levado ao palácio do Egito pela própria rainha. Recebeu a melhor educação da época e se revelou estadista de primeira. Moisés é exemplo de que alguém pode fazer política sem resvalar para a politicalha. Fez escola, inspirando Josué, Samuel, Davi, Neemias...
Moisés era “ficha limpa”.

Na pirâmide do poder persa, Daniel aproximava-se do topo. Mas não aceitava suborno, rejeitava conchavo, fiel ao povo, ao rei e a Deus. Seu gabinete devia ser arejado, transparente, limpo (Dn 6.10). Todo dia, ajoelhava-se perante o Senhor, pedindo soluções para as pendências de sua pasta.
Daniel era “ficha limpa”.

Ester, “moça esbelta e formosa” (Et 2.7), era bela não só por fora; bela na alma também. Mesmo íntima do poder, ela não se deixava prender pelo polvo da corrupção que a cercava (Et 1.8-15). O palácio não a impediu de continuar servindo a Deus (Et 4.15,16). Sua coragem (8.3-6) a credencia como heroína do seu povo.
Ester era “ficha limpa”.

No Novo Testamento, temos alguém a quem a tradição chama Índicus. Etíope, ministro da economia, ele voltou para casa um novo homem (At 8.39). Seus assessores devam ter cochichado entre si: “O que aconteceu com o ministro? Está diferente”.

Em política, como tudo o mais na vida, é preciso evitar o pecado das generalizações. Se um, dois, dez ou cem políticos não prestam, não quer dizer que todos não prestam. Como na fé, é preciso separar o trigo do joio, mistura encontrada, aliás, em todos os campos da existência.

Na democracia, mesmo os políticos desonestos foram eleitos pelo povo. Ou seja, o desonesto foi escolhido e, portanto, a culpa é também de quem o escolheu. Portanto, o segredo é escolher bem, antes. Para não chorar depois.

Que o Senhor ilumine você a escolher bem os seus candidatos!

Pr. João Soares da Fonseca
Pastor da Primeira Igreja Batista do Rio de Janeiro

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