sábado, 29 de julho de 2017

Ele dá paz


       Em casa, impossível viver. Dominado pelos demônios, anda nu de dia e de noite, dos montes e sepulcros, ecoava sua voz, sempre apavorante.
    Seu corpo marcado pelos cortes com pedras, nada o detinha, nem cadeias, nem grilhões, deles fazia migalhas. Indomável, indomesticável. Parece selvagem animal irracional.
     De longe, vê Jesus, corre em sua direção e o adora. Adoração rejeitada, não brota de um coração sincero nem de liberta alma disposta a obedecer.
    Seus dominadores sabem seu destino final, mas desconhecem o tempo da execução. Rendem-se ao poder de Jesus, suplicando-lhe pena menor. Ordenados, incorporam-se nos porcos que, atormentados, se atiram no mar, com grande prejuízo.
   Já vi gente assim. Perambula de um lado para o outro, discursa alternando lucidez e loucura, oscila entre a amabilidade e violência com rapidez impressionante. Carece de sobriedade, paz interior e sentido para a vida.
    O homem é liberto, experimenta calma, a sobriedade volta, compõe-se socialmente e seu tino reorientado.
   Também já vi gente assim. Os vícios vencidos, a índole violenta dominada, a alma invadida pela paz, a vida refeita, torna-se dócil como uma criança.
    Jesus expulsa os demônios. Os empresários de porcos mandam embora Jesus. Há quem valorize mais os porcos do que a pessoa.
     Você está sem paz? Corra para Jesus.

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