domingo, 30 de janeiro de 2011

"Pior que o trabalho dos ímpios é o silêncio dos justos"

Lia um livro presenteado pelos irmãos Jaci e Heida. Saltaram-me aos olhos, como que em letras garrafais, a frase de Luther King, que dá título a esta meditação. Fui impactado! Foi como se uma espada afiada de dois gumes penetrasse em minha mente e vasculhasse todo o seu interior, fazendo-me refletir sobre vários aspectos que desejo compartilhar agora.
Primeiro, nunca havia pensado que houvesse alguma coisa pior que o trabalho dos ímpios. E tem. É o nosso silêncio. Não é o silêncio do “todo homem seja pronto para ouvir e tardio para falar”. É o silêncio da inoperância evangelística. Não se fala de Cristo e das coisas de Deus às pessoas. Algumas se relacionam conosco e nem nos damos conta que podem a pouco tempo partir para eternidade. Sem nenhuma presunção, o plural usado aqui é retórico, majestoso, pois tenho tentado aproveitar todas as oportunidades.
Depois, temos uma grande mania (e aí me incluo!) de investir tempo falando das obras malignas empreendidas pelas pessoas e nem sequer nos damos conta que aquele tempo poderia ser investido para falar de Cristo a alguém. Parece-me que o hino “Conversação Cristã”, 421 do Cantor Cristão, é uma realidade em nós. Atente para a mensagem das duas primeiras estrofes: “Sabeis falar de tudo que neste mundo há, mas nem sequer palavra de Deus que tudo dá? / Falamos do mau tempo, do frio e do calor; Oh, bem melhor seria falar do Salvador!”.
Ainda, que faz alguém silenciar-se sobre algo tão importante? Quando alcançamos alguma vitória em nossa vida não temos desejo urgente de anunciar às pessoas? Por que a salvação que alcançamos, o maior bem de nossa vida, é esquecida de ser anunciada com entusiasmo? Só uma resposta encontrei: a presença de Jesus não tem inundado o coração. A boca fala do que está cheio o coração! Lembra-se de Pedro e João diante do Sinédrio (Atos 4)? As autoridades, sabedoras da origem inexpressiva e das poucas letras deles, ficaram estupefatas com sua intrepidez. O texto esclarece: as autoridades tomaram conhecimento que eles tinham estado com Jesus. E o endemoninhado gadareno, lembra-se!? Foi anunciar em toda a Decápolis (região de 10 cidades) o que Jesus lhe fizera.
Que tristeza é saber que há crentes que nunca ganharam uma alma para Cristo, apesar de vários anos de “vida cristã!”. Uma estatística aponta que 95% dos crentes nunca tiveram esse privilégio! Agindo assim, fazem pior que o trabalho dos ímpios! Ver e saber que pessoas estão caminhando celeremente para o inferno não lhes sensibiliza! São frios com algo tão sério!
Voltando ao hino 421 do Cantor Cristão. As duas estrofes acima falam do que fazemos. As duas seguintes do que podemos fazer. Atente bem: “Falemos da bondade do grande Salvador, de sua excelsa graça, de seu imenso amor! / Da cruz também falemos, onde ele nos quis dar seu sangue tão precioso, e assim nos resgatar”. O estribilho é uma exortação contundente: “Irmãos! Irmãos! Falemos de nosso Salvador; Oremos ou cantemos e demos-lhe louvor”.
Você pode mudar esse quadro em sua vida cristã. Tornar-se um propagador das boas novas, depois da experiência de conversão, é uma decisão pessoal. Como Isaías, você pode dizer: “Eis-me aqui, Senhor! Envia-me a mim!”. A partir de hoje, aliste-se no exército que faz trabalho melhor do que os ímpios!

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