sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Lição da Escola Bíblica Dominical - Diligência no contribuir – Uma prova do amor de Deus


Diligência no contribuir – Uma prova do amor de Deus

Texto Bíblico: I Coríntios 16.1-3

INTRODUÇÃO
            A graça excede a Lei, ou seja, vai além nas expressões e objetivos da adoração. Nossa justiça tem que exceder a dos rigorosos escribas e fariseus, porque o culto sustentado pelos dízimos na Antiga Aliança era o culto de uma nação profética, porém, os nossos dízimos visam à expansão do Evangelho a todo o mundo, no menor tempo possível.
Não ofertamos os nossos dízimos com a finalidade de alcançarmos bênçãos, mas ofertamos porque a bênção das bênçãos – a salvação da nossa alma – já nos foi dada pelo Senhor Jesus. O que está dentro do envelope de contribuição é uma prova do amor de Deus. Vejamos à luz do texto bíblico, como proceder diligentemente no contribuir:
Quanto à coleta para o povo de Deus, façam como ordenei às igrejas da Galácia. No primeiro dia da semana, cada um de vocês separe uma quantia, de acordo com a sua renda, reservando-a para que não seja preciso fazer coletas quando eu chegar. Então, quando eu chegar, entregarei cartas de recomendação aos homens que vocês aprovarem e os mandarei para Jerusalém com a oferta de vocês” (1Co 16.1-3).

NO PRIMEIRO DIA DA SEMANA
Contribuir sistematicamente, como parte do culto de adoração no dia do Senhor. Isso quer dizer que cada crente deve obedecer a um critério de ordem e reverência dentro do culto do Senhor. Pensemos sobre três desses critérios:
1º)Domingo, o primeiro dia da semana, representa o dia em que a congregação, os membros da igreja e demais participantes estão reunidos em cultos de celebração. Este é o momento da comunhão com os demais irmãos. É o momento de todos juntos, sem egocentrismo e vaidade, demonstrarem gratidão a Deus por seu incomparável amor.    
2º)O momento de adoração, através da contribuição, deve ser de total satisfação para o crente. Não deve ser de amargura e preocupação: “entreguei o dízimo, e agora?” A alegria será uma demonstração de confiança nas provisões do Senhor para os dias vindouros.
3º)O dízimo não é para ser entregue nas mãos do tesoureiro, dos diáconos e, muito menos, nas mãos do pastor. Aliás, mesmo que seja uma oferta pessoal ou familiar de pessoas íntegras, o pastor deve fugir de receber dinheiro das mãos de membros da igreja. O ideal é que este membro ou família, entregue na igreja a sua oferta, acompanhado de adoração e oração.

CADA UM DE VÓS
            Contribuir é um privilégio de todos e para todos. Não deve haver exclusão. Ninguém, seja qual for o nível da sua prosperidade, está fora da graça dessa contribuição. Isto quer dizer que a oportunidade é de todo o crente, seja rico ou pobre, criança ou adulto, culto ou iletrado, empregado ou desempregado, todos são amparados pelo Senhor. Portanto, podem e devem participar desse momento solene: “Já fui jovem e agora sou velho, mas nunca vi o justo desamparado, nem seus filhos mendigando o pão(Sl 37.25). Há na igreja aqueles que pensam que os não membros não podem e não devem participar do momento de adoração através da contribuição, contudo, devemos entender que Deus deseja receber adoração de todas as pessoas, elas também são sustentadas e amadas pelo Senhor. Não as impeçamos da alegria desse momento.

PONHA DE PARTE
            O que é do Senhor deve ser separado, santificado. O dízimo não deve ser “tirado” de última hora. Não deve ser a sobra. Minha avó materna, Maria Leopoldina da Conceição, era crente comprometida com o Senhor e com a sua igreja. Analfabeta, não lia uma palavra e não tinha muita intimidade com o dinheiro, porém, da lavoura, de tudo o que plantava, colhia e vendia, rigorosamente dizimava. Durante um mês o dízimo era guardado em uma lata daquelas de leite em pó. Ali ninguém mexia. Ao fim de trinta dias de trabalho, como não tinha muita segurança quanto ao valor separado, solicitava que alguém fizesse a conferência. Sua preocupação era de não ficar com nada que ao Senhor pertencesse. Muitas vezes eu a ajudei nessa tarefa. Como aprendi com minha avó!
Separe a parte que será oferecida Àquele que deve tomar o primeiro lugar em sua vida. Não dê resto, sobra e nada imundo para quem é Santo.

O QUE PUDER
            Isso não significa que deve ser a menor parte, o mínimo. “O que puder” do crente significa o máximo. Grande exemplo disso podemos extrair das igrejas da Macedônia e da viúva observada por Jesus:
Agora, irmãos, queremos que vocês tomem conhecimento da graça que Deus concedeu às igrejas da Macedônia. No meio da mais severa tribulação, a grande alegria e a extrema pobreza deles transbordaram em rica generosidade. Pois dou testemunho de que eles deram tudo quanto podiam, e até além do que podiam. Por iniciativa própria eles nos suplicaram insistentemente o privilégio de participar da assistência aos santos” (2Co 8.1-4).
Jesus olhou e viu os ricos colocando suas contribuições nas caixas de ofertas. Viu também uma viúva pobre colocar duas pequeninas moedas de cobre. E disse: ‘Afirmo-lhes que esta viúva pobre colocou mais do que todos os outros. Todos esses deram do que lhes sobrava; mas ela, da sua pobreza, deu tudo o que possuía para viver” (Lc 21.1-4).

CONFORME O QUE TIVER PROSPERADO
            Na proporção da sua prosperidade, não na proporção dos seus investimentos, nem na proporção das suas carências. A proporcionalidade da contribuição está aí reconhecida, como em “Nosso desejo não é que outros sejam aliviados enquanto vocês são sobrecarregados, mas que haja igualdade.
No presente momento, a fartura de vocês suprirá a necessidade deles, para que, por sua vez, a fartura deles supra a necessidade de vocês. Então haverá igualdade, como está escrito: Quem tinha recolhido muito não teve demais, e não faltou a quem tinha recolhido pouco
" (2Co 8.13-15).
Deus dá a prosperidade. A contribuição o reconhece. A pessoa que atua como um canal das bênçãos divinas tem suas posses aumentadas, pois Deus vê que ela reparte com os necessitados aquilo que Ele as dá. É comum notar que Deus concede a essas pessoas a capacidade de aumentar suas posses, abençoa seus negócios de modo que elas prosperam e vão bem.

GUARDEM. NÃO FAÇAM COLETAS QUANDO EU CHEGAR
            Contribuir com aprovisionamento e com dedicação é o comportamento que todo crente deve adotar. Deus não nos deu nada improvisado. O amor que Ele nos deu não foi um amor de última hora. A contribuição não deve ser realizada sob ação emocional, quando alguém apresenta uma necessidade. Deus planejou todas as suas dádivas desde a eternidade. Por que pensaríamos em agradar a Deus com um dízimo improvisado?

MANDAREI O QUE POR CARTA APROVARDES
            Respeito à decisão, aos direitos e ao impulso motivador dos ofertantes. O empenho na aplicação das ofertas é tão necessário quanto o empenho no contribuir. A igreja é o canal apropriado. Lembre-se de que os dízimos devem ser levados para a “casa do tesouro” e administrados por aqueles que foram eleitos por Deus e pela igreja para tão grande responsabilidade: “Tragam o dízimo todo ao depósito do templo, para que haja alimento em minha casa. Ponham-me à prova, diz o Senhor dos Exércitos, e vejam se não vou abrir as comportas dos céus e derramar sobre vocês tantas bênçãos que nem terão onde guardá-las” (Ml 3.10); “Ezequias... ordenou ao povo de Jerusalém que desse aos sacerdotes e aos levitas a porção que lhes era devida a fim de que pudessem dedicar-se à Lei do Senhor. Assim que se divulgou essa ordem, os israelitas deram com generosidade o melhor do trigo, do vinho, do óleo, do mel e de tudo o que os campos produziam. Trouxeram o dízimo de tudo. Era uma grande quantidade. Os habitantes de Israel e de Judá que viviam nas cidades de Judá também levaram o dízimo de todos os seus rebanhos e das coisas sagradas dedicadas ao Senhor, o seu Deus, ajuntando-os em muitas pilhas. Começaram a fazer isso no terceiro mês e terminaram no sétimo. Quando Ezequias e os seus oficiais chegaram e viram as pilhas de ofertas, louvaram o Senhor e abençoaram Israel, o seu povo" (2Cr 31.2-10). E ainda, Neemias 10.31-39; 13.1-14.

CONCLUSÃO
            Os aspectos essenciais da contribuição cristã são aqui expostos pelo apóstolo de uma maneira bem clara, e procuramos discorrer sobre o assunto de modo bem objetivo, dando oportunidade para reflexões e discussões que ampliem o universo de ensinamentos que este texto nos transmite.
Em resumo, para Paulo, a contribuição:
-       Deve ser sistemática.
-       É para todos.
-       Deve ser santificada pela santidade do seu próprio ofertante.
-       Deve ser proporcional à renda.
-       Deve ser feita na igreja local.
-       Deve ser aplicada rigorosamente dentro da destinação dada pela decisão dos ofertantes.

PARA REFLETIR:
·        A doutrina cristã da contribuição é uma disposição criada pelo Espírito Santo na vida do crente. Você se dispõe a permitir que Ele aja por completo em sua vida?
·        Em contraste com a Lei, que impunha a contribuição como uma exigência divina, a contribuição cristã é voluntária e um teste de sinceridade e amor. Você deseja  ser submetido constantemente a esse teste divino?

Leitura diária:       
Segunda– Atos 4.32-37;
Terça– Atos 5.1-11;
Quarta– Hebreus 7.1-10;
Quinta– Neemias 10.28-39;
Sexta– Deuteronômio 26.1-19;
Sábado– Êxodo 34.10-28;
Domingo– 1Coríntios16.1-3

Fonte: Revista Palavra e Vida da Convenção Batista Fluminense
Autor da Lição: Pr. Nathanael Pedroza Corsino

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