quinta-feira, 16 de janeiro de 2025

No deserto - VI

“Entendo que solidariedade é enxergar no próximo as lágrimas nunca choradas e as angústias nunca verbalizadas” - Augusto Cury.

Não resta dúvida de que o deserto é um celeiro para exercício da solidariedade. A dor é capaz de unir as pessoas. É o tempo em que o ser humano está mais sensível ao toque do amor, do perdão, da compreensão e se apresenta mais solidário.

No deserto, pessoas que sofrem se solidarizam. No deserto, pessoas se ajudam. No deserto, um sente a dor do outro. O tempo de maior solidariedade é quando se encontra no deserto. Quem vive um deserto parece enxergar de longe quem está sofrendo e se apresenta para se solidarizar.

A solidariedade pode ser o choro junto, o ombro apresentado, o braço estendido, a mão afável no rosto. Materialmente falando, você pode nada ter para oferecer, você também está no deserto, mas você é solidário e reparte o que tem. Você nada tem de material, tangível, mas você se apresenta com sua vida.

Não despreze o deserto e desenvolva mais ainda a solidariedade e, quando o deserto acabar, continue solidário. 

Quem é solidário nunca se sente solitário.

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