terça-feira, 31 de março de 2020

Pr. Genilson Vaz, Presidente da Convenção Batista do estado de São Paulo: "Antes do advento do Covid, tínhamos programa de apoio a pequenas Igrejas!"

Pr. Dr. Genilson Vaz
Presidente da CBESP
Ele hoje preside a Convenção Batista do Estado de São Paulo que, somadas as igrejas devidamente organizadas e congregações, ultrapassa o número de 1500. É um dos grandes líderes da Convenção Batista Brasileira, com atuações em praticamente todas as áreas importantes da denominação. 

Genilson Vaz é pastor titular da Primeira Igreja Batista de Ribeirão Preto, tem formação em Direito e, na última Assembleia da Convenção Batista Brasileira, em janeiro deste ano, na cidade de Goiânia, foi o Relator da Comissão Jurídica de Assessoria Parlamentar com destacada atuação durante todo o evento, sendo o responsável pela orientação à Mesa Diretora dos assuntos encaminhados para discussão, sempre que solicitado pelo Presidente.

Sua simpatia é marcante, está sempre cercado de colegas pastores e líderes em geral e sua alegria contagia. Em entrevista exclusiva ao nosso blog, sinalizou ações da Convenção em favor das Igrejas.

Que efeitos tem esse tempo de Coronavírus para a Convenção Batista do Estado de São Paulo?

Não diria para a Convenção do estado de São Paulo, mas para todo o mundo. Ainda é difícil definir os grandes efeitos que este evento trará aos diversos seguimentos da sociedade. O caso da nossa convenção estadual não será de forma alguma diferente dos demais. Logo que a situação recebeu orientações do poder público, através de seus diversos especialistas,  médicos e  sanitaristas, a diretoria, bem como todos os diretores e executivos das diversas áreas, fizeram reuniões de alinhamento, redefinindo agendas, ações de curto prazo,  etc.

Como a CBESP está planejando viver este momento?

Em recente reunião virtual com a diretoria, alinhamos que a vida institucional deve seguir seu ritmo normal, observando todos os cuidados devidos e restrições impostas. A área operacional, sempre muito bem coordenada pelo diretor-executivo do nosso Conselho de Administração e Missões (CAM), ingressou no trabalho via "home office".

São aproximadamente 1300 igrejas no campo da Convenção e muitas delas de pequeno porte que, possivelmente, sofrerão mais nesse tempo, inclusive com pagamento aos pastores. Como a Convenção está avaliando esse quadro e o que pretende fazer?

A Convenção, tanto as estaduais como a CBB não tem, em sua filosofia e plano de ação, responsabilidades com sustento dos pastores. No entanto, dois anos atrás a Convenção do estado de São Paulo já havia iniciado o Projeto Josué, cujo objetivo tem sido apoiar pequenas igrejas, notadamente aquelas que não dispõem de maiores recursos, ou seja, independente do advento do Covid, já vínhamos fazendo isto e continuaremos. Por certo, o cenário se altera sensivelmente, trazendo maiores preocupações. Não temos como prever o que está à nossa frente a curto prazo. Penso que cada situação que surgir será tratada individualmente,  sem, no entanto, prometer soluções, haja vista a necessidade de aguardar o que teremos. Ressalto que, em nosso modelo denominacional, o sustento dos pastores é uma responsabilidade da igreja local. No entanto, situações pontuais certamente poderão ser estudadas, principalmente a partir das associações e sub seções das ordens estaduais.

Alguns eventos que envolvem público foram cancelados. E a Assembleia em julho, corre risco de ser adiada, cancelada?

Nossa assembleia está prevista para a 2ª semana de julho,  portanto,  daqui a quase 4 meses. Na recente reunião da diretoria,  entendemos que ainda não há que se falar em suspender ou adiar a mesma. A orientação que foi dada é que continuaremos atuando de forma normal, considerando a data prevista. Ao mesmo tempo, observaremos o caminho que as instituições e a sociedade estarão trilhando. Caso o quadro nos indique necessidade de alteração, tomaremos as providências que se fizerem necessárias. 

Pr. Genilson Vaz e a esposa MM Josenilda Vaz
Mensagem final aos batistas paulistas e paulistanos.

Permita-me responder com uma parábola aplicável a toda a família  batista. O navio é o mesmo, e todos nós,  passageiros, estamos dentro dele. Algumas vezes, ondas aparentemente gigantescas parecem querer engolir o barco. Elas até balançam o convés, mas não jogam nenhum dos passageiros  ao chão. A noite vem, o dia volta a raiar, e o barco continua navegando. Sem dúvida, em breve as âncoras serão lançadas e todos seremos desembarcados no porto seguro, pois quem está no comando é o mesmo que em outra viagem mandou que ondas cessassem e que o mar sossegasse. 
Batistas do Estado de São Paulo, e, porque não dizer, irmãos deste imenso Brasil, a receita é uma só,  e é simples: basta vivermos tudo o que temos pregado e afirmado ao longo da história; isto será suficiente.

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