segunda-feira, 11 de abril de 2011


AUTOCRÍTICA PARA A NOSSA RELIGIÃO


O assassino-suicida de Realengo tinha uma religião. O menino que ele preservou tinha uma religião.
As duas condições nos convidam a fazer uma reflexão sobre nossa própria fé, avaliando se ela é saudável.
Uma religião saudável ama a Deus e todos os seres criados, humanos e animais. Se dizemos que amamos a Deus e desprezamos sua criação,  nós não amamos a Deus. Está na Bíblia: "Se alguém disser: 'Amo a Deus', e odiar a seu irmão, é mentiroso; pois aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê" (1João 4.20).
Uma religião saudável tem suas convicções, mas não se impõe, não exclui as outras, não exclui os outros por crerem diferente.
Uma religião saudável é alegre, nunca soturna. Tem cara aberta, não fechada. Seus templos têm portas livres para todos, seja para entrar, seja para sair. Está na Bíblia, em que um poeta canta: "Tu me farás ver os caminhos da vida; na tua presença há plenitude de alegria, na tua destra, delícias perpetuamente" (Salmo 16.11).
Uma religião saudável faz autocrítica de suas práticas, a partir de uma leitura constante e sistemática da Bíblia. Uma boa leitura da Bíblia não é um passeio por uma coletânea de textos agradáveis. São  ótimos e necessários aqueles versos que nos são amargos, incômodos e difíceis de serem engolidos.
Uma religião saudável conhece os limites da razão, mas não abre mão dela. Está na Bíblia: "Os espíritos dos profetas estão sujeitos aos próprios profetas; porque Deus não é de confusão, e sim de paz" (1Coríntios 14.32-33). Sem razão a religião pode produzir confusão.
Desejo-lhe um BOM DIA. 
Israel Belo de Azevedo

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