sexta-feira, 8 de abril de 2011

Ninguém passa pela 

Cristolândia sem chorar

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A viagem a São Paulo em visita ao trabalho na Cracolândia foi extraordinária. Louvamos a Deus pela proteção e pela vida dos 45 missionários daqui e de Alcântara que foram.
Em janeiro, quando estive pela primeira vez, e agora, experimentei sensações que se misturavam, ora tristeza, ora alegria. Esta, por ver dezenas de resgatados da lama, servindo a Jesus. Aquela, por ver que há milhares escravizados pelo diabo, servindo de capacho na maior cidade do país.
E concluí: ninguém passa pela Cristolândia sem chorar.
O choro da tristeza. É extremamente doloroso ver crianças, juniores, jovens, adultos, idosos escravizados por uma droga do inferno. Pensei que se Jesus estivesse aqui, diria: “Cracolândia, Cracolândia... quantas vezes, quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha os seus pintos debaixo das asas, e não quiseste?” - Lucas 13.34.
O choro da alegria. É extremamente agradável ouvir os recuperados cantando “Nada além do sangue”, de Fernandinho. Destaco: “Teu Sangue leva-me além / A todas as alturas / Onde ouço a Tua voz / Fala de Tua justiça pela minha vida / Jesus, este é o Teu Sangue / Tua cruz mostra a Tua graça / Fala do amor do Pai / Que prepara para nós / Um caminho para Ele / Onde posso me achegar / Somente pelo sangue / Que nos faz brancos como a neve / Aceitos como amigos de Deus / Nada além do sangue / Nada além do sangue 
De Jesus / Eu sou livre, eu sou livre”. Alegria indescritível ouvi-los cantar “Eu sou livre, eu sou livre”.
O choro da esperança. Não se trata de lamentação, acontece o milagre transformador de tristeza em alegria. E isso passa pela esperança de ver outros alcançados. É assim que Paulo cria: “Tendo, pois, tal esperança, usamos de muita ousadia no falar” - II Coríntios 3.12. É a esperança que habilita-nos a continuar acreditando como Abraão que, “em esperança, creu contra a esperança, tanto que ele tornou-se pai de muitas nações, conforme o que lhe fora dito: Assim será a tua descendência” - Romanos 4.18.
Passar pela Cristolândia aumenta o nosso interesse por missões. E ninguém experimenta missões sem chorar!

2 comentários:

  1. Temos que orar muito p/ projeto da Cristolândia.Antonio da PIBJA

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  2. É verdade, Toninho.
    Muita oração, pois as trevas teimam em resistir.
    Obrigado.

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