sábado, 16 de abril de 2011


Michael parabeniza a torcida, mas Vôlei Futuro reclama da quadra

Envolvido em polêmica no último jogo em Contagem, central elogia pressão dos cruzeirenses na sexta; tamanho da área de saque gera questionamentos

Por Leo VelascoDireto de Contagem, MG
vôlei futuro x cruzeiro Michael  (Foto: Agência Estado)Michael foi provocado, mas elogiou a postura da
torcida do Cruzeiro (Foto: Agência Estado)
Michael foi pressionado pela torcida do Cruzeiro do início ao fim do jogo desta sexta-feira, que terminou com vitória mineira por 3 sets a 0 e classificação da equipe da casa para a final da Superliga masculina. Era o mais vaiado quando ia para o saque, foi chamado de “atleticano”, “Richarlyson” e “vacilão”. Desta vez, sem ofensas homofóbicas, o central do Vôlei Futuro até parabenizou os cruzeirenses.

- Eu já esperava (pressão). Mas acho que isso é torcida, não a torcida da última vez que vim jogar aqui, quando me hostilizaram. Ela está de parabéns. Me pressionaram muito bem, gritaram, xingaram, falaram, mas sem ofender ninguém. Torceram para quem tinha que torcer. O que eu falei, a bandeira que levantei, espero que não seja apenas para este jogo, mas para daqui para frente – afirmou Michael.

Apesar dos elogios de Michael à torcida, o jogo não deixou de ter polêmica. O time do Vôlei Futuro, em especial o meio de rede Lucão, reclamou que o espaço da área de saque havia sido diminuído, atrapalhando o fundamento da equipe visitante.

- O Cruzeiro não precisa disso para ganhar do nosso time. O saque hoje não conseguiu entrar porque a gente não conseguiu se adaptar à quadra. Mas o Cruzeiro jogou bem e está de parabéns. Só que esse tipo de atitude o Cruzeiro não precisava ter.

O Cruzeiro alega que a quadra precisou ser adaptada nesta sexta para comportar a estrutura recebida no confronto pela dimensão que ele ganhou, e que o Vôlei Futuro escolheu não treinar no dia do jogo. Mas o técnico Cezar Douglas, do time paulista, reclama que a quadra já deveria estar pronta na véspera.

- Isso aí com certeza foi uma estratégia para tirar o Lucão do saque. A regra diz que tem o limite de cinco metros, e aqui tinha cinco metros. Só que um dia antes do jogo você tem que apresentar a quadra como ela vai ser usada no dia do jogo. Ontem treinamos com seis tapetes, que dá mais de seis metros, e no dia do jogo os caras mudaram. Nosso único jogador que usa esse último tapete é o Lucão, e ele fez a diferença nesse fundamento aqui e em Araçatuba. Isso mexeu com ele, principalmente no início do jogo. Até ele se adaptar, já era tarde – lamentou.

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