terça-feira, 30 de julho de 2013

Protestante declara que se pode aprender com o Papa


Aprendendo com o Papa: Será possível ao evangélico aprender com Líder da Igreja Católica?

Pr. Eduardo Baldaci*

Fiquei surpreso ao ver a entrevista do Papa, pois não faz muito tempo, ele declarou que não dava entrevistas. Porém, sua missão no Brasil praticamente lhe obrigava à isto. Na realidade, a entrevista não foi uma conquista da Globo, mas sim uma estratégia de Marketing do Vaticano.
Desde meus tempos no seminário na década de 80, já ouvia falar do movimento pró reavivamento católico para 2020.
Não sou pró Papa, nem se quer sou Católico. Tenho fortes e rígidas discordâncias com suas doutrinas, com a veneração dos ditos "santos" e com Maria.

Acompanhei atentamente a entrevista e faço minhas considerações:

. O afastamento da Igreja das Pessoas

             O Papa está certo. Igreja que se afasta das pessoas é igual “mãe por correspondência”. A Igreja Católica cometeu este erro e a igreja evangélica o está repetindo. Claro, não são todas e nem todas as demoninações. Porém, a igreja precisa ir aonde estão as pessoas e não esperar que as pessoas venham até ela. Isto é evangelismo !
              Igrejas evangélicas que não evangelizam mais, não visitam membros afastados, são “ong´s”...meras instituições jurídicas que se afastaram do Propósito de Deus para a Igreja.

. A Santa Guardada dentro do Armário.
                Faz tempo que eu desconfio do crescimento do evangelho no que tange a realidade espiritual da coisa. Podemos ter números, mas números sem conversão, são apenas ilusão. Ilusão dos líderes e ilusão de quem vai pro inferno, tão perto da Palavra, mas com muita coisa “escondida”  nos armários do coração.
               O Papa falou de uma senhora argentina, que precisando de Deus, aceitava a visita de um Pastor. Quando surgiu um Padre, ela revelou que tinha uma “imagem de uma santa” escondida no armário !
                  Eu mesmo conheço pessoas que se diziam evangélicas e que retornaram ao catolicismo. Mas me vem à mente uma pergunta: “Seriam convertidos ou convencidos?”
                 Ter um encontro com Cristo vai além de ouvir um pastor, de ir num culto, dar dízimos em uma igreja. Ter encontro com Cristo é sobretudo não ter nada escondido no armário secreto de nossos corações.
                  No caso daquela senhora, era uma imagem... Mas eu conheço pessoas com muitos hábitos católicos que não foram abandonados em seu alegado encontro com Cristo.
                  Basta que você leia esta matéria publicada no site da mais conceituada Rádio Gospel do RJ. Nela, fala-se da Visita do Papa à uma Igreja Evangélica e que ele "rezou" com os irmãos que foram pedir sua benção. Total Absurdo !http://radio93.com.br/noticias93/papa-visita-templo-da-assembleia-de-deus/
                   Me canso, me estresso, me entristeço com membros de igrejas "bebendo socialmente", pulando carnaval, indo à shows mundanos!
                   Sou do tempo de "Quem está em Cristo, nova criatura é, as coisas velhas já passaram...."

. A Igreja sempre precisa ser reformada
                     A reforma protestante não foi do mal para o pior. Foi uma volta à Bíblia. A igreja precisa contextualizar sem descristianizar.  A Igreja Católica em busca dos membros perdidos tem o hábito de agregar situações como sincretismo religioso, movimentos carismáticos, entre outras mazelas.
                       A Igreja precisa ter valores inegociáveis. Entretanto, a Igreja que se preocupa com riquezas, poder e influência política pode ser tentada à abrir mão de seus valores.
                           Qualquer um que ler um livro de história verá que a Igreja Católica é históricamente envolvida com o Estado. Sua riqueza, sua influência e seu poder político são incontestáveis. Quem tiver dúvidas, basta olhar o orçamento público gasto com a JMJ !
                            “Na reforma Luterana houve muita discussão sobre a separação Igreja e Estado, Lutero dizia que eram dois reinos, o da mão direita e o da mão esquerda, como ensinava Cristo diferenciou o Reino onde Deus trabalhava diretamente e onde Ele trabalhava através de César, um imperador pagão que Jesus não se levantou contra, mas também se sujeitou às suas leis civis. Os luteranos acreditavam que os cristãos não obrigados pelas Escrituras a se privar da vida política, mas poderiam participar e até mesmo governar, desde que não falassem em nome da Igreja, mas falassem por si e pelas suas crenças, para o bem do povo em geral, não apenas dos cristãos”
. A Igreja ser mais humilde
                          Meu maior desafio como Pastor não tem sido debater doutrinas ou pregar o evangelho. Tem sido investir tempo respondendo indagações sobre o mau uso de dinheiro das igrejas e a vida extravagantes de alguns líderes “evangélicos” que cometem os mesmos erros do Vaticano. Acumulação de riquezas no Mundo NUNCA FOI e NUNCA SERÁ a Mensagem de Cristo.
                         Carrões, aviões e Mansões são agressões aos membros de igrejas que lutam pelo pão nosso de Cada dia.
                          Estaríamos nós evangélicos sofrendo na Numerolatria?

Conclusão: Tenho inúmeras diferenças com os pensamentos do Papa. Deste ou de qualquer outro. Mas posso dizer que a entrevista foi inteligente, cheia de marketing pessoal e recheada de verdades que precisamos observar.
                    Como podemos interpretar o silêncio dos Pastores diante de um entrevista destas? Será que quem cala, consente?

*Fonte: http://pastoreduardobaldaci.blogspot.com.br/#!/2013/07/aprendendo-com-o-papa-sera-possivel-ao.html

2 comentários:

  1. Pode e deve com quem tem razão.
    "Examinai tudo e retende o bem"!
    I Tess 5:21

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  2. O silêncio de muitos lideres evangélicos reflete a sua condição de ter guardado a bíblia em um armário trancado, mas ao contrario da senhorinha argentina que adorava seu ídolo escondido em seu armário. Muitos lideres evangélicos e NÃO poucos, propositalmente jogaram as chaves dos seus armários fora, para bem longe do amor as almas perdidas, do compromisso com a sã doutrina, do ensino sério a suas ovelhas, do fervor que ouvimos e lemos sobre os tempos áureos do evangelho no Brasil em que se fazia distinção entre o santo e o profano, custa-se o que fosse. O que podemos aprender com Francisco e sua cúria? Sempre aprendemos algo seja para o bem ou para o mal.

    1. Podemos reaprender a sermos reverentes no culto a Deus, algo que a igreja romana não perdeu apesar de seu caminho contraditório em relação as escrituras sagradas (Bíblia).

    2. Devemos levar os crentes, mas CRENTES, a se conscientizarem que, culto a Deus não é balburdia ou bagunça, É CULTO e na Bíblia de gênesis a apocalipse vemos extrema reverencia ao culto a Deus, seja na sarsa ardente, no tabernáculo, no templo ou na sinagoga, o respeito a Deus no culto bíblico fica patente.
    Alguns modelos de culto parecem até casas de show onde o NÃO crente tem que ser agradado, mimado e de forma alguma contrariado pelo evangelho da verdade. Muitos pastores NÃO compreendem que o não crente ao vir a igreja esta fugindo do modelo mundo, e quer encontrar um ambiente favorável a reflexão a confrontação com sua vida pregressa e não um culto que mais parece um baile funk.

    O resultado é claro, vidas não transformadas, pessoas que nunca tiveram um encontro real com Cristo se dizendo evangélicos, a palavra de Deus sendo usada para angariar dinheiro a qualquer custo, lideres evangélicos para nossa tristeza ostentando bens contrariando o próprio exemplo de Jesus que afirmou que o filho do homem não tem onde reclinar sua cabeça. Ter bens não é pecado o problema começa quando isso é passado para as ovelhas como sinal de espiritualidade ou vida consagrada a Deus.

    Francisco sabe disso e estrategicamente usará esse marketing para dar visibilidade maior a sua igreja, além do apoio irrestrito da mídia dominante.

    Cabe a nós, sim! A nós, mudarmos esse cenário afim de termos uma igreja Cristocêntrica viva e relevante, diante de uma sociedade que anseia por um Cristo genuíno e que mude suas vidas, não externamente, mas de dentro pra fora. Conhecemos a verdade, oremos ao Pai para não a escondermos em um armário trancado por dentro.




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