sexta-feira, 24 de junho de 2011

Os bens materiais: tiranos ou instrumentos?

Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

INTRODUÇÃO
Há muita confusão no cenário religioso no tocante aos bens materiais.  Alguns fazem a apologia da pobreza como se esta fosse uma virtude cristã. Outros mostram as riquezas como sinal de bênção divina, e a pobreza como ação do “Devorador”, um demônio que “nasceu” há pouco. Muitas igrejas fazem da pregação sobre prosperidade o seu carro-chefe. Cristo sequer é mencionado, a não ser como sancionando a ambição das pessoas. Mas, independente da esquisitice desta doutrina, todos nós queremos bons salários, boas casas, bons carros, bom nível de vida. O desejo de crescer é justo. O problema é quando isto é a razão da vida. Sendo um livro prático, Provérbios fala sobre o assunto. Como é o relacionamento correto com os bens materiais?
  1. Somos exortados a trabalhar diligentemente para conseguir nosso sustento: Provérbios 10.4-5.  Trabalhar com diligência e ajuntar no tempo certo, portanto. Quem não quer trabalhar… que leia 2Tessalonicenses 3.10.
  2. Nesta busca de sustento deve se evitar a cobiça: Provérbios 15.27. As riquezas materiais podem se dissipar: Provérbios 23.4-5. Se toda a esperança da pessoa está nos bens, ela corre o risco de se frustrar: Provérbios 11.28. É bom atentar para o conselho de Provérbios 28.25. Evitando-se a cobiça e colocando a confiança em Deus pode-se fazer a oração contida em Provérbios 30.7-9.
  3. Outra coisa a evitar é a desonestidade: Provérbios 28.8. Lembremos que honra vale mais que bens: Provérbios 22.1. Ter paz e bom nome vale mais que ter muita coisa.
  4. Saindo um pouco de Provérbios e indo a Eclesiastes, também de Salomão, lembremos que amar o dinheiro é algo que nunca pára (Eclesiastes 5.10). Eis o conselho de Paulo: 1Timóteo 6.10. Não é o dinheiro que é a raiz de todos os males, mas o amor a ele. Neste amor por coisas e por bens materiais, pode-se esquecer das pessoas e até oprimi-las. O exemplo mais conhecido é o do empresário que se preocupa tanto com o lucro que oprime os seus assalariados. Isto não deve acontecer. Salários miseráveis, opressão ao trabalhador, mesquinharia de quem tem para com quem depende dele são transgressão da Palavra: Provérbios 14.31 e 19.17.
  5. Se Deus agraciou a pessoa com bens, ela deve lembrar que isto lhe vem do Senhor e ela deve ser liberal em ofertar e investir no reino: Provérbios 11.24-25 e 21.25-26. Como disse alguém: Contribui de acordo com as tuas rendas antes que Deus torne as tuas rendas de acordo com a tua contribuição.

Nenhum comentário:

Postar um comentário