segunda-feira, 2 de maio de 2011

Maio é o nosso mês! (I)
Tudo começou no dia 01 de maio de 1999, quando dois jovens ficaram conversando durante um passeio de Dia da Família da igreja.
Em 07 de maio de 1999, o jovem convidou a jovem para um passeio. Em 09 de maio, dia das mães, a pediu em namoro, 17 de novembro de 2000 noivaram e, em 24 de novembro de 2001, uniram-se em matrimônio.
Alguns anos após o casamento, decidiram que a família já poderia aumentar, embora a casa não tivesse estrutura ainda para uma criança. Então a jovem parou de tomar o remédio que teoricamente a impedia de engravidar.
Os anos foram se passando e a gravidez não vinha. Resolveram pesquisar o que estaria acontecendo. Foram idas a médicos e vários exames realizados. A descoberta foi nada. Nada havia de errado, nada que impedisse a tão sonhada gravidez. Nem mesmo SOP (Síndrome do Ovário Policístico), que atinge um grande percentual de mulheres e dificulta a gravidez por provocar irregularidade no ciclo menstrual. Mas a gravidez não “vinha”.
E o tempo ia passando, e as pessoas perguntando, afinal, vivemos em uma sociedade regida por cobranças do tipo “Noivou?! Vai casar quando?” “Casou?! E o filho?!”... E toda vez que perguntavam, a jovem se fazia de forte com respostas do tipo “Não quero filhos agora”, “Quem sabe a hora sou eu e meu marido”, “Você vai ajudar a pagar as fraldas?”..., tudo para esconder a dor que afligia seu coração por não conseguir realizar seu sonho e não saber o motivo dessa não realização (Abro um parêntese aqui para pedir que mudem este comportamento. Não sabemos o que está se passando na vida da pessoa, se existe uma dificuldade para engravidar, se tem algum problema por trás disso, e esta cobrança só faz machucar ainda mais a pessoa).
Tudo foi tomando na vida da jovem uma dimensão tão grande que ela não conseguia pensar em outra coisa, a ansiedade foi tomando conta de tal forma, que o tempo todo calculava dias férteis, verificando calendário, tirando sua temperatura (quando ovulamos a temperatura do nosso corpo aumenta e caso haja fecundação permanece alta) e fazendo gráficos...
Na semana da menstruação descer, procurava sinais de que ela não desceria e, se atrasava um dia, corria para fazer um exame e, mais uma vez, chorar ao ver negativo! O marido pediu então que ela parasse, pois, o que era pra ser algo bom, estava causando infelicidade, se tornara uma obsessão.
Profª Ester Ferreira

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